domingo, novembro 13, 2022

Hábito

O jogo de hoje não fugiu muito daquilo que tem sido habitual esta época e muito especialmente nos dois últimos jogos em casa (Boavista e Famalicão) em que o Vitória venceu mas com razoável dose de sofrimento e deixando os adeptos com o credo na boca até ao fim. 
Perante um Marítimo afundado na classificação e a precisar desesperadamente de pontos o Vitória fez uma primeira parte muito discreta sem grandes oportunidades de golo e na única que criou viu Miguel Silva corresponder com uma grande defesa a remate de Rúben Lameiras. 
Na segunda parte o Vitória esteve melhor, as entradas de Anderson, Jota Silva e Janvier revelaram-se acertadas , criou mais lances de envolvimento ofensivo e o grande golo de Tiago Silva foi o corolário desse domínio. 
Teve ainda mais duas claras oportunidades uma delas defendida pelo guardiao maritimista e na outra o remate de Anderson esbarrou no poste. 
O problema, que felizmente não o chegou a ser mas podia ter sido, foi a forma como o Marítimo pressionou nos últimos minutos ameaçando claramente chegar ao golo. 
Valeu aí a serenidade de Bruno Varela e a forma superior como André Amaro comandou uma defesa que na segunda parte era constituida por quatro jogadores (ele, Zé Carlos , Tounkara e Helder Sá) todos eles com 20 anos o que tem de se considerar como notável. 
Em bom rigor Zé Carlos tem 21 mas feitos há apenas 13 dias . 
É verdade , e isso tem de ser lembrado, que a equipa perdeu durante o jogo por lesão três jogadores
(André André, Villanueva e Janvier) o que não é nada normal e também terá contribuido de alguma forma para esse assédio final do Marítimo. 
Tal como, aliás, o facto de a equipa na quarta feira ter disputado um jogo com o Vizela para a taça com prolongamento à mistura.
Em conclusão mais três pontos mas a certeza de que esta equipa por força de algumas lesões e de lacunas nesta ou naquela posição vive em quase permanente estado de superação e isso é possível num certo período mas não num campeonato inteiro. 
Esperando que estas lesões de hoje não sejam graves e que o mês e meio de paragem do campeonato permita que Handel, Jorge Fernandes ,Maga e Nélson da Luz recuperem das suas não deixo de dizer que em Janeiro a porta tem de abrir mas apenas permitindo entradas porque saídas só pelas clausulas de rescisão. 
É a condição para na próxima época podermos aspirar a estar na Europa. 
Duas notas finais. Uma para o trio de arbitragem francês que fez um trabalho de boa qualidade e sem margem para reparos. 
Com critérios nem sempre vistos por estas bandas como o rigor no local de lançamentos laterais e o critério disciplinar largo mas aceitável. 
A outra para dois momentos de fair play que me apraz muito registar porque merecidos. 
Um protagonizado pelos os adeptos do topo sul que aplaudiram calorosamente Miguel Silva quando se encaminhou para a baliza no início da segunda parte e que este agradeceu de forma sentida. 
O outro para os adeptos do Marítimo presentes no topo norte pela forma simpática como aplaudiram Nuno Mendes quando o campeão mundial de kickboxing deu a volta de honra mostrando a sua medalha de ouro. 
Foram momentos bonitos. 
E futebol com fair play é outra coisa.
Depois Falamos.

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