sexta-feira, março 20, 2020

Júlio Verne

Devo à minha Mãe, em primeiríssimo lugar, a Enyd Blyton e a Júlio Verne grande parte do gosto pela leitura que me acompanha desde a infância e que teve nela a pessoa que sempre me incentivou a ler e nos autores referidos aqueles que me ajudaram a tornar num autêntico viciado dos livros.
Primeiro a escritora inglesa essencialmente com os "Famosos Cinco" mas também com o "Clube dos Sete" e vários outros livros e colecções que li e reli quase desde que aprendi a ler e ainda hoje guardo como um quase tesouro.
Depois o escritor francês, já eu andava pela adolescência, que me fez positivamente "devorar" com enorme interesse algumas das suas obras primas como ""20.000 Léguas Submarinas", "A Volta ao Mundo em 80 dias", "A Ilha Misteriosa", "Cinco Semanas em Balão", "Viagem ao Centro da Terra", "Da Terra à Lua", "Em Redor da Lua", "Miguel Strogoff" e alguns outros (talvez umas vinte obras no total) mas não todos os seus livros.
Isto entre os doze e os dezoito/dezanove anos de idade e a par , naturalmente, de outras leituras.
Depois "abandonei" quase totalmente Júlio Verne, embora de quando em vez folheasse um ou outro dos livros (também eles religiosamente guardados), porque apareceram outros interesses em termos de leituras e não li mais nada do autor.
Passados quarenta anos, e porque ficara sempre com a ideia de que o meu conhecimento das obras de Júlio Verne era menor do que gostaria e a curiosidade sobre o que não lera bastante, decidi voltar ao autor.
Aproveitando um lançamento das suas obras naquela modalidade de entrega de um livro por semana, num total de 67 volumes, pedi a um familiar dono de uma papelaria para me ir guardando os livros e eu de vez em quando ia lá buscar um saco deles com o que consegui ficar com a colecção completa das obras de Júlio Verne.
Nelas reencontrei "velhos amigos", já atrás citados, mas também "novos amigos" que venho conhecendo nestes ultimos anos intervalando a sua leitura com a de outros livros a um ritmo regular e que mais dia menos dia me permitirá dizer que li toda a obra de Júlio Verne.
Nestes "novos amigos" tenho encontrado alguns de especial interesse: 
"O Soberbo Orenoco", "Os Filhos do Capitão Grant (um clássico que por qualquer razão não lera na juventude) , "César Cascabel", " O Farol do Cabo do Mundo", "As Indias Negras", "A Escola dos Robinsons" entre outros que tem constituído uma agradável descoberta.
Há quem pense, erradamente, que Júlio Verne é um autor de literatura para adolescentes e nada mais cingindo a essa faixa etária os leitores potencais da sua obra.
Nada mais errado.
Verne foi um visionário que previu factos e engenhos que só veriam a luz no século seguinte, situou os seus livros nos cinco continentes demonstrando uma cultura e erudição absolutamente invulgares para o seu tempo (e para qualquer tempo em boa verdade) e legou à posteridade uma colecção de livros absolutamente intemporais que fizeram, fazem e farão as delícias de milhões de leitores.
Seguramente um dos maiores da História da Literatura.
Depois Falamos

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