sexta-feira, abril 05, 2019

Bullying

Ela é quadro superior de uma empresa pública numa região há muito dominada pela mesma cor partidária.
No exercício dos seus direitos de cidadania resolveu aderir, e dar a cara, por uma nova formação política surgida em tempos recentes.
Desde esse momento nunca mais teve paz no local de trabalho.
Ele é um jovem e talentoso profissional na área da informática.
Um dos melhores do seu curso tem um currículo inatacável que, à partida, lhe daria colocação garantida num concurso promovido por uma autarquia para profissionais da sua especialidade em número superior à dezena.
Foi preterido.
Porque o pai é dirigente uma nova força política surgida em tempos recentes.
E fizeram questão de lhe vincar isso.
Ela é funcionária de uma pequena autarquia.
No gozo dos seus direitos de cidadania resolveu aderir a uma nova formação política surgida em tempos recentes.
Foi o fim da sua tranquilidade. De lá para cá tem sido sujeita a autêntico bullying profissional por esse único e exclusivo motivo.
Ele é um jovem estudante.
Dirigente da respectiva associação de estudantes resolveu, também ele, dar a cara por uma nova formação política surgida em tempos recentes acreditando que é a melhor forma de lutar civicamente pelo seu futuro.
O estabelecimento de ensino em que estuda está relacionado com uma autarquia cujo presidente já lhe fez saber que por ter dado a cara por uma nova formação política surgida em tempos recentes teria de deixar a direcção da associação de estudantes.
Sim, o bullying existe.
Praticado por gente que eleita em representação de um  partido democrático não hesita em usar práticas típicas de ditaduras, tipo Coreia do Norte, para reprimir e "castigar" quem tem a ousadia de no exercício dos seus direitos políticos aderir e dar a cara por uma nova formação política surgida em tempos recentes.
São quatro exemplos.
Há mais e com o aproximar de actos eleitorais mais haverá.
Indignam mas não amedrontam e o futuro próximo o demonstrará.
Depois Falamos.

4 comentários:

Teresa Sá-Chaves Simões de Carvalho disse...

Conheço, bem demais, estes tipo de comportamentos, que dizimam o que de melhor as pessoas têm para dar.

luis cirilo disse...

Cara Teresa:
São comportamnetos reprováveis em qualquer circunstância. Mas nestes casos ainda s elhes junta o abuso de poder que é punível por lei. Infelizmente a prova é difícil

il disse...

Caro Cirilo:
Este é o país do medo, o que temos!
Tenho vergonha, tanto mais que depois vem o nepotismo e o compadrio; a falta de empreendedorismo e a incompetência -afinal é tudo 'deles'; o desespero e a emigração. Ou seja Portugal nos últimos 200 anos. :(

luis cirilo disse...

Cara il:
Sim, é o país que ainda temos.
E que já não pode ser mudado por quem está confortavelmente instalado nos corredores do poder.
Há que mudar.