Dos grandes jogadores do futebol mundial foi seguramente aquele que mais vezes vi jogar ao vivo , especialmente pelo Benfica mas também duas ou três vezes pela selecção e uma pelo Beira Mar, porque só depois do seu tempo (e de Pelé, Cruyff, etc) é que as transmissões televisivas se tornaram vulgares permitindo que, por exemplo, todas as semanas possamos ver Ronaldo e Messi os dois melhores da actualidade.
Eusébio, como Pelé, nasceu antes do tempo!
Hoje seria um jogador sem preço face à sua extraordinária qualidade futebolística mas também a uma capacidade de sofrimento igualmente extraordinária e que lhe permitiu fazer a carreira que fez massacrado por lesões.
Nos anos 60 e 70 sem os relvados, as bolas, as botas e equipamentos, a medicina desportiva, o conceito de profissionalismo, as metodologias de treino, a liberdade de transferência que existem hoje ainda assim Eusébio fez uma fantástica carreira que só não foi ainda melhor porque a infame "lei de opção" (os clubes eram donos dos jogadores que estes até para casar tinham de pedir licença à direcção) mais o salazarismo não o deixaram ir para Itália onde podia ter atingido patamares ainda mais altos.
Ainda assim foi extraordinário.
E terá certamente o seu lugar inamovível na galeria dos melhores de sempre.
O livro de Sónia Louro , uma biografia romanceada mas com grande aproximação à realidade, narra todo esse percurso do menino pobre nascido em Moçambique que se tornou uma grande estrela do futebol mundial.
Lê-se com muito agrado.
Depois Falamos.
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