terça-feira, maio 23, 2017

Treinadores

Portugal tem, desde sempre, excelentes treinadores de futebol.
Desde os "clássicos" como José Maria Pedroto, Fernando Vaz ou Mário Wilson que marcaram a sua época no nosso futebol e são ainda hoje recordados pela sua capacidade de dirigirem equipas até aos da actualidade nos quais José Mourinho é o mais incontornável de todos eles e vai depois de amanhã disputar a sua quarta final europeia.
Mas a trabalharem no estrangeiro há outros nomes de grande relevo como Leonardo Jardim, André Vilas Boas, Marco Silva, Paulo Sousa, Manuel Cajuda, Carlos Carvalhal, Sérgio Conceição,Vítor Pereira, Pedro Caixinha entre outros exemplos possíveis.
Nem todos estarão a treinar em clubes e campeonatos que a sua competência justifica mas o mundo do futebol tem desígnios insondáveis e por isso o estarem agora nesses campeonatos periféricos em nada belisca a sua capacidade.
Em Portugal propriamente dito também há técnicos de grande qualidade e mérito reconhecido dos quais se salientam Rui Vitória, Jorge Jesus, Pedro Martins, José Peseiro, Luís Castro,Vítor Oliveira, Pedro Emanuel e mais alguns a que se juntam jovens "emergentes" como Daniel Ramos, Nuno Manta, Pepa, Jorge Simão, Miguel Leal, Petit, etc entre muitos exemplos possíveis.
Sem esquecer, é claro, o seleccionador nacional Fernando Santos e um dos melhores treinadores portugueses das últimas décadas, Manuel José, que por vontade própria deixou de treinar dois anos atrás.
Em suma podemos considerar que os treinadores portugueses são uma classe de sucesso e com sucesso.
Pelo que não pode deixar de ser motivo de profunda admiração o facto de na nossa liga apenas cinco clubes terem mantido os seus treinadores ao longo de toda a época - Vitória, Porto,Benfica,Sporting e Vitória FC- enquanto todos os outros mudaram e alguns mais do que uma vez ao longo do campeonato.
Pedro Martins, Nuno Espírito Santo (que já rescindiu o contrato para a próxima época) Rui Vitória, Jorge Jesus e José Couceiro foram os resistentes mas parece-me evidente que para lá dos seus méritos o problema não estará nas capacidades dos colegas que foram despedidos mas sim nos dirigentes que estão sempre ansiosos por encontrarem bodes expiatórios quando as coisas correm mal.
Muitas das vezes por culpa deles próprios.
Veja-se o Braga que quanto mais mudou mais piorou ou Arouca e Nacional que mudaram duas vezes de treinador e acabaram por descer provando de forma clara que a "chicotada psicológica" (Rui Alves reconheceu-o explicitamente) nem sempre é a melhor solução.
Mas talvez o exemplo mais "enigmático" seja o protagonizado por Moreirense e Tondela e pelos treinadores Pepa e Petit.
Pepa começou a época no Moreirense mas quando as coisas começaram a correr menos bem foi despedido e rumou a Tondela de onde ,pelas mesmas razões, tinha saído Petit que rumou ao Moreirense !!!
No final de época ambos os "aflitos" se salvaram pelo que apetece perguntar porque razão mudaram de treinadores se ambos cumpriram os objectivos da manutenção.
Em boa verdade sendo Portugal um país de gente com jeito para o futebol,seja a jogar seja a treinar, é pena que esse jeito em muitos casos não se estenda a quem dirige.
Porque esse é, verdadeiramente, o calcanhar de Aquiles do nosso futebol.
Depois Falamos.

2 comentários:

Mr.Karvalhovsky disse...

Esqueceu-se de mencionar o Lito Vidigal que tem sido um treinador de grande sucesso com uma excelente evolução nos últimos anos.
Temos também o caso do Paulo Fonseca que foi campeão na Ucrânia...

luis cirilo disse...

Caro Mr Karvalhovsky:
Sim faltaram esses como terão faltado outros.
Não era possível citá-los a todos.
Devo contudo dizer que acredito mais no Paulo FOnseca que no Lito Vidigal em termos de capacidade para treinarem clubes a partir de uma certa dimensão.