O Vitória, nestes anos recentes, já por duas vezes foi castigado com jogos à porta fechada.
No caso que a imagem acima retrata e no famigerado jogo entre a sua equipa B e a do Braga quando meia dúzia de desordeiros vindos de Trás Morreira, com o intuito deliberado de provocarem incidentes , causaram alguns distúrbios antes de serem expulsos do estádio pelos adeptos vitorianos e pela PSP.
Esses incidentes, que em nada perturbaram o decorrer do jogo, levaram a que o árbitro do mesmo num condenável excesso de zelo desse a partida por terminada ainda na primeira parte vindo a ser repetida em data posterior.
Em ambos os casos o conselho de disciplina não teve contemplações e puniu o Vitória duramente nem sequer levando em consideração (e muito menos aplicado idêntica pena) que no jogo com o Braga B a responsabilidade dos incidentes era do clube visitante.
Como sempre somos cobaia de penas inéditas no nosso futebol.
Hoje soube-se que dois casos de arremessos de petardos, no Estoril-Porto (por adeptos do Porto) e no Moreirense-Braga (por adeptos do Braga) na final da taça da Liga ,o que devia constituir agravante, em ambos os casos obrigando à interrupção dos jogos mereceram do conselho de disciplina a absolvição dos dois clubes.
O mesmo conselho de disciplina que multa a torto e a direito, até por a relva não ser regada, entendeu que o arremesso de petardos com ameaça à integridade física de jogadores, é um acto tão pouco importante que merece absolvição.
Vergonhoso!
Pelo branqueamento de responsabilidades, pelo favorecimento aos dois clubes, pelo péssimo exemplo que constitui num tempo em que quer UEFA quer FIFA não se cansam de fazer apelos ao fair play e à disciplina nos estádios.
Felizmente isso não acontecerá mas ainda gostava de saber o que faria este conselho de disciplina se na final do Jamor os adeptos vitorianos lançassem meia dúzia de petardos para o relvado?
E se falo dos adeptos vitorianos é não só pelos antecedentes que referi, de sermos cobaia de penas teoricamente exemplares mas que depois não são aplicadas a mais ninguém, mas também porque sendo arremessados por adeptos do Benfica já se sabe que nenhuma pena lhe seria aplicada.
Ou não nos lembremos todos de recente Feirense-Benfica em que o arremesso de petardos pelos adeptos benfiquistas obrigou à interrupção do jogo por alguns minutos e ao que se sabe nem processo disciplinar foi aberto ao clube de Lisboa.
O futebol português não é sério!
Tem "filhos" e "enteados" perante a disciplina, a arbitragem, a comunicação social.
E por isso é mais que tempo de o Estado se preocupar seriamente com o futebol, investigando-o por todos os meios que estão ao seu alcance e punindo quem infringe as leis, antes que tudo isto acabe muito mas mesmo muito mal.
Já faltou mais...
Depois Falamos.
3 comentários:
É verdade. Foi logo ontem que me lembrei do injusto castigo que nos aplicaram no jogo dos Bês com o Braga, ao saber da absolvição pelos malefícios das claques dos clubes que reporta.
Mas, até ficamos incomodados por nos fazer lembrar tais injustiças, Sr. Cirilo. Que importa?! Tanta impotência para restabelecer a ordem das coisas, só raiva, só temos raiva... pois os inimigos que nos lêem até se ficam a rir de nós.
Como os desordeiros verdadeiros saem sempre ilesos, o nosso grito perante os filhos da puta que nos castigaram por sermos mansos devia levar a estrutura do nosso clube a gravar na pedra
a efeméride dos agravos que nos fazem, e a colocar essa pedra na entrada principal do estádio D. Afonso Henriques: "para que todo o mundo saiba... (aos tantos dias, do mês e ano tal)fomos vítimas..." Por certo, em pouco anos, não teríamos portas no estádio que chegassem!
E "tomates"?
Concordo consigo. Mas no nosso clube também há dois pesos e duas medidas diferentes. Os sócios que nos bons e maus momentos estão sempre na bancada a apoiar o clube. Mas se calhar compensa não ser sócio porque não precisa de pagar cotas e cadeira. Basta comprar bilhetes de acompanhante. H.M. Será esta a melhor estratégia para ter verdadeiros sócios?
Caro José Duarte:
Como o compreendo.
E como tenho pena que a opção seja reiteradamente por um silêncio que não serve o clube.
Não acho que se deva falar todos os dias, porque isso banaliza, mas há alturas em que o silêncio é ensurdecedor.
Caro H.M.:
Tenho duvidas porque opiniões como a sua ouço cada vez mais. E vem de sócios que tem lugares anuais há anos e anos.
Creio que é um assunto que a SAD deve ponderar muito bem.
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