Já aqui escrevi anteriormente sobre este concurso da RTP.
Que se for entendido na sua justa dimensão,a de concurso,acaba por se tornar interessante e ter a vantagem de trazer a História de Portugal para um horário nobre de televisão.
E que,em bom rigor,até nos tem permitido assistir a excelentes programas sobre cada um dos nomeados,feitos até por quem parecia pouco vocacionado para o comentário histórico.
Refiro-me,por exemplo,a Leonor Pinhão autora de um excelente documentário sobre D.Afonso Henriques ou Paulo Portas sobre D.João II ou ainda Odete Santos sobre Alvaro Cunhal.
Tendo visto todos os programas francamente só não gostei do sujeito que fez a "defesa" de Luis de Camões.
Achei-o autor de uma tese miserabilista sobre o poeta e sobre o conteudo e interpretação dos "Lusiadas".
Mas no geral tem estado bem os "defensores" de cada uma das personagens.
Agora,e foi nesse sentido que um conjunto de historiadores se pronunciou,é preciso não retirar esta eleição do seu contexto certo,ou seja,de um concurso de televisão.
Ganhe quem ganhar,e eu espero que ganhe D.Afonso Henriques em quem votei (como é evidente !),isso não o transforma no maior português de sempre.
Simplesmente porque é impossivel definir um critério válido para uma "eleição" deste género.
Sao estes os dez finalistas,podiam ser outros,não faltaria por onde escolher.
Em Inglaterra ganhou Churchill,em França De Gaulle,nos EUA Reagan e na Alemanha Adenauer,entre outros exemplos,e ninguem comete a tonteria de por isso os considerar os maiores de sempre nos respectivos paises.
Lá,como deverá acontecer cá,são apenas vencedores póstumos de concursos televisivos.
Ainda assim achei engraçado o panfleto ,ao lado reproduzido,profusamente distribuido em lugares públicos de Guimarães apelando ao voto em D.Afonso Henriques.
Sob o lema "Guimarães tem de ganhar".
Nós lá somos assim.
Não brincamos em serviço.
Depois Falamos
6 comentários:
Caro Luís Círio
Pode fazer o favor de me indicar onde e como é possível votar ? Pela Internet ou outro meio. Como fui vizinho do D.Afonso Henriques (nasci na velha rua de Santa Cruz!) gostaria de demonstrar que não o esqueci. Com minha Esposa, fomos visità-lo uma ocasião em Coimbra. Minha Esposa diz mesmo que são primos afastados, porque o nosso primeiro Rei é filho dum cavaleiro da Borgonha !
Cumprimentos.
Caro Freitas Pereira
Seja bem aparecido.
Para votar apenas o pode fazer telefónicamente através do 760102001 para votar no nosso D.Afonso Henriques.
Se quisesse votar nos outros cada um tem o seu proprio numero.
Penso que embora se trate de numeros de valor acrescentado (0,60 € +IVA por chamada) estao acessiveis a indicativos internacionais.
Um abraço
Muito obrigado.
Um abraço.
Eu e o Afonso já votámos no D. Afonso Henriques e há uma (entre outras) boa razão para o fazer: ele é o Fundador, a razão de Portugal existir. Sem ele, existiríamos, ou não. Não sabemos quem, o quê ou se seríamos. Sendo suas criaturas, só poderemos votar no criador.
Penso muito sinceramente que esta votação/concurso/passatempo (consoante lhe queiram chamar) nada mais é que uma maneira de sacar ao zé povinho mais uns euros, com as chamadas telefónicas!!!
É para mim absurdo escolher o melhor português. Parece que não somos todos bons ou importantes!!! Cada um de nós vale por si e não é preciso ser político, navegador, guerreiro, médico e etc e tal para sermos O MELHOR!!! Agora, se querem escolher o melhor político, navegador, guerreiro, médico e o melhor etc e tal, a coisa aí já é diferente!!!Escolher o melhor em cada "categoria", é mais sensato que escolher o melhor entre "categorias" muito diversas!!!
Termino apenas dizendo que este concurso é uma perda de tempo, pois, para mim, o melhor português foi D. AFONSO HENRIQUES, sem dúvidas nem espinhas...E porquê?????
PORQUE SEM ELE, NÓS NEM SEQUER SERÍAMOS PORTUGUESES!!!
Há dúvidas???
Espero que não!!!
Mas parece que nos vamos ter mesmo de levar com este votação/concurso/"passatempo" da tv que todos pagamos!!!...
Enfim...Sic Gloria Transit Mundi...
Quando aqui por Lisboa viram o cartaz vimaranense a apelar ao voto no conterrâneo, houve pessoas que ficaram admiradas. Admiradas com o empenho de uma terra interira, sem politiquices e sem mesquinhez.
De outro modo, ainda há um Portugal que sente, se entusiasma e que tem metas -nem que seja votar em D. Afonso. E já agora relembro o mote de Ourique, que por 'acaso' era o dos Cavaleiros de Cristo, «Non nobis, non nobis Domine, sed nomine tuam ad gloriam».
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