quarta-feira, novembro 20, 2019

Montjuic 1973

Sempre gostei de Fórmula 1, embora não seja o meu desporto favorito nem sequer esteja no top 3 , desde os tempos remotos em que a RTP transmitia os grandes prémios com os comentários do Adriano Cerqueira.
Confesso que a morte de Ayrton Senna "arrefeceu" o meu interesse pela modalidade porque em bom rigor sem ele a Fórmula 1 nunca mais foi a mesma em termos de espectacularidade e da perfeição na condução de um carro.
Então à chuva...
Mas continuei a ver Fórmula 1 com interesse, apreciando a pilotagem dos que sucederam a Senna ( e à cabeça o grande Michael Schumacher) e assistindo a corridas com grande interesse e emoção face aos duelos em pista que se sucediam.
Mas já não era a mesma coisa e fui perdendo progressivamente o interesse também por força de alguns horários a que as conveniências comerciais e os patrocinadores foram obrigando a Fórmula 1 com uma progressiva deslocação para Oriente.
Mas de todos os grande prémios, disputados em tantos e tantos circuitos, guardei naturalmente a minha preferência quanto a alguns traçados.
Com três deles bem à frente de todos os outros.
O GP de Mónaco nas ruas de Monte Carlo, o GP de Espanha no circuito urbano de Montjuic e o GP da África do Sul no rapidíssimo circuito de Kyalami que possuía a maior recta da Fórmula 1.
Sem prejuízo de outros circuitos como Silverstone em Inglaterra, Spa-Francorchamps na Bégica, Monza em Itália e o velho circuito de Nurburgring na Alemanha com os seus 22 klm de extensão (neste já a Formula 1 não compete desde o acidente de Nikki Lauda)  onde se assiste sempre a corridas de grande interesse.
Mas aqueles três eram os meus preferidos e sempre tive a expectativa de neles assistir a corridas ao vivo.
Em Mónaco ainda será possível porque continua a fazer parte do calendário, em Kyalami é muito mais difícil porque está há muito fora do roteiro do campeonato e em Montjuic será impossível porque a Fórmula 1 embora dispute o GP de Espanha em Barcelona há muito que não o faz naquele belíssimo circuito urbano do qual se veem paisagens espectaculares da cidade e do porto de Barcelona.
Tal como Mónaco, onde se pode circular pelas ruas onde se disputa o GP, também em Montjuic isso é possível podendo fazer-se a pé ou de carro o traçado do antigo circuito dado que todas as vias se encontram transitáveis e com pequenas alterações em relação ao tempo em que lá se corria.
Já tive oportunidade de o fazer, em Monte Carlo e em Barcelona, e se no primeiro caso aumentou e de que maneira a vontade de lá ver uma corrida já no segundo apenas exponenciou a nostalgia por um circuito que não voltará a existir.
Depois Falamos

P.S. A fotografia refere-se ao GP de 1973 , vencido por Emerson Fittipaldi, tendo em primeiro plano os dois pilotos da Tyrrell Ford (uma equipa há muito desaparecida)  Jackie Stewart e François Cevert que foram os meus primeiros ídolos na modalidade.
Cevert viria a morrer num acidente nos GP dos Estados Unidos desse ano e Stewart, que viria a vencer esse mundial,  deixaria de imediato a competição já não participando nesse GP que era o último da temporada.

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