segunda-feira, março 20, 2017

Ser PSD

Porque se é do PSD?
Cada militante tem as suas razões, muitas delas convergentes, mas não se é do PSD por uma razão única e fechada como acontece nos partidos totalitários.
É-se do PSD por muitas razões.
Pela ideologia, pelos valores e princípios, pelos programa do partido, pelos lideres que teve, pela forma como sempre defendeu a democracia e a liberdade, pelos governos que liderou e que deram a Portugal os melhores períodos de governação que o país já teve incluindo as duas vezes (1979 e 2011) em que teve de ir resolver tremendos problemas que os governos anteriores lhe deixaram, pelo obra desenvolvida ao longo de quatro décadas no Poder Local.
Por essas e por outras que são do domínio de cada um.
No meu caso por tudo isso, por ter tido o grato prazer de trabalhar de perto com três lideres do partido (José Manuel Durão Barroso,Luís Filipe Menezes e Pedro Santana Lopes), por ter conhecido pessoalmente todos os líderes excepto Sousa Franco e Pinto Balsemão e por várias outras razões incluindo o facto de o laranja ser a minha cor favorita desde que me conheço.
Mas também por uma outra razão.
É emocionante ser do PSD.
A nossa capacidade de ás vezes complicarmos o que é simples, de alcançarmos pela via mais difícil o que podíamos ter conseguido pela via mais fácil, o de arranjarmos a nós próprios problemas que nem os nossos adversários nos conseguem pôr é estimulante, é um permanente desafio político e intelectual é uma forma de testarmos de quando em quando até onde vai o nossa capacidade de superação.
Veja-se o caso das autárquicas no distrito de Braga.
Três meses atrás escrevi aqui um conjunto de artigos em que sustentava a tese de que o PSD voltaria a conquistar as sete câmaras que já detém e ainda tinha francas possibilidades de arrebatar ao PS mais três ou quatro conseguindo um resultado absolutamente histórico.
Mas parecendo bom de mais para ser verdade, e demasiado fácil para o que o PSD gosta, rapidamente nos entretivemos a complicar a situação nalguns municípios quiçá para tornar estas eleições ainda mais emocionantes do que já se previa que fossem.
Naqueles liderados pelo PSD, e por razões várias e de todos conhecidas, as coisas complicaram-se nas ultimas semanas em Vila Verde, Esposende e Póvoa de Lanhoso.
Nos liderados pelo PS, e tão perto de poderem ser conquistados pelo PSD, também complicamos com um jeito tão nosso o panorama em Barcelos e Terras de Bouro continuando sem descomplicar em Cabeceiras de Basto onde parece que a solução continua longe de ser encontrada.
Quero com isto dizer que o PSD vai perder câmaras para o PS?
Não.
Continuo a acreditar que vai vencer nas sete que já detém mas de forma mais difícil, nalguns casos, do que era suposto.
Quero com isto dizer que o PSD não vai conquistar câmaras ao PS?
Vai.
Mas menos do que poderia conseguir se as coisas tivessem sido bem feitas e não tivéssemos deixado vir ao de cima uma tendência para complicar que em boa verdade parece fazer parte do nosso ADN desde...sempre.
É emocionante ser do PSD não é?
Depois Falamos

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