segunda-feira, março 06, 2017

Bela Exibição

Depois de um resultado moralizador a meio da semana, frente ao Chaves para a Taça de Portugal, o Vitória era o "convidado de honra" para abrilhantar os festejos sportinguistas em volta do triunfo de Bruno de Carvalho nas eleições para a presidência do clube.
O azar do Sporting foi não só ter-se "esquecido" de avisar o Vitória do papel que lhe queria atribuir (já ao árbitro Jorge Sousa passaram a semana a avisá-lo para se portar "direitinho" o que ele cumpriu à risca) como também do facto de terem ignorado que o adversário tem esta época o melhor palmarés em jogos fora logo a seguir ao líder Benfica.
Foram esquecimentos a mais.
E depois uma meia dúzia de minutos iniciais em que de facto o Vitória teve dificuldade em passar do meio campo face à pressão sportinguista a equipa vitoriana conseguiu equilibrar o jogo e os lances de perigo passaram a alternar entre as duas balizas e até com as primeiras situações de golo a pertencerem ao Vitória.
Muito por força, uma vez mais, do grande momento de forma de Hernâni que o torna num extremo arrasador para qualquer defesa e ainda para mais face a um lateral direito adaptado à esquerda que nunca conseguiu entender-se com a velocidade, imaginação e capacidade de drible do extremo vitoriano.
E por isso os lances de perigo se foram sucedendo e em dois deles o defesa sportinguista não teve outra alternativa que não fosse carregar à margem das leis Hernâni, bem dentro da área leonina, sem que o previamente "avisado" Jorge Sousa assinalasse as respectivas faltas.
Que eram obviamente grandes penalidades.
Foi por isso com algum laivo de injustiça que se viu o Sporting chegar à vantagens no marcador no único lance em que Bas Dost escapou à marcação de Pedro Henrique e amorteceu a bola para a conclusão algo feliz de Alan Ruiz a dez minutos do intervalo.
Na segunda parte o Vitória esteve por cima do jogo.
Pedro Martins mexeu bem na equipa tirando um discretissimo Sturgeon para a entrada do (às vezes demasiado...) impetuoso Raphinha que quatro minutos depois de entrar viu um amarelo desnecessário mas depois ajudou, e bem, a infernizar a vida do ultimo reduto sportinguista que já se dava mal com a velocidade e criatividade de Hernâni e passou a ter outro jogador com idênticas características com que se preocupar.
Ainda antes do golo  Marega teve remate de grande perigo em que errou o alvo por pouco mas depois chegaria a igualdade num grande lance de Josué que subiu no terreno com a bola no pé ,desequilibrando as marcações do adversário, e no tempo certo passou para o cruzamento rasteiro de Bruno Gaspar e a finalização perfeita de Marega.
Estava feita a mais que merecida igualdade e a "sede" com que Marega foi buscar a bola ao fundo da baliza demonstrou bem que a equipa vitoriana não se satisfazia com o empate e queria retirar de Alvalade com os três pontos.
Acabou por não ser possível e o resultado final talvez seja aquele que melhor traduz os noventa minutos , em que a exemplo da primeira volta, as equipas do Vitória e do Sporting proporcionaram 
um excelente espectáculo de futebol.
O árbitro Jorge Sousa esteve francamente mal protagonizando uma arbitragem caseira em que os maiores erros foram as duas referidas faltas sobre Hernâni na área leonina e um lance aos 88 minutos em que Celis faz um desarme limpinho,limpinho sobre William Carvalho e de imediato isola Hernâni numa jogada que tinha tudo para ser perigosissima mas o árbitro interrompeu inventando uma falta do jogador vitoriano sobre o adversário.
Em suma uma arbitragem idêntica aquelas de que os sportinguistas tanto se queixam quando o beneficiado é o vizinho do outro lado da rua.
Depois Falamos

4 comentários:

Alexandre disse...

Falta falar do amarelo ao Zungu...

luis cirilo disse...

Caro Alexandre:
Foi bem mostrado. nada mais.

Mr.Karvalhovsky disse...

Tenho pena que a nossa direcção não comente estes lances.
É que se fosse ao contrário andávamos a semana toda a falar no assunto...
Assim, fica aquela ideia de que nada se passou, até porque foi tudo branqueado pela SportTv e a impunidade do costume mantém-se.
Para a próxima, o sujeito que arbitrou o jogo voltará com certeza a fazer uma exibição caseira, prejudicando o Vitória, até porque não tem qualquer pressão para o seu lado, caso isso aconteça.
Que continuem a ser anjinhos. Isso é música para os ouvidos desta gente!

luis cirilo disse...

Caro Mr Karvalhovsky:
Nos últimos cinco anos o Vitória tornou-se no clube mais fácil de prejudicar nas competições profissionais de futebol.
Na equipa B tem sido um "fartar vilanagem" que já nos levou uma dezena de pontos que significariam a absoluta tranquilidade classificativa.
Na equipa A é o que se tem visto desde esta arbitragem ao que se passou no antro do Bessa entre muitos outros exemplos possíveis.
A política de obstinado silêncio, a teimosia em não protestar quando somos lesados está mais que provado que se algum interesse serve não é seguramente o do Vitória.