sexta-feira, junho 23, 2006

Os Salta Pocinhas


Não são espécie protegida,nem precisam !
Simplesmente porque não correm risco de extinção.
Tal como as ervas daninhas ou os ratos encontram-se em franca expansão atravessando transversalmente o espectro politico nacional.
Tem especial incidência em dois patamares claramente definidos: No plano autárquico e nas empresa publicas com gestores nomeados pelo Estado.
Também existem a outros niveis,é certo,desde as direcções partidárias,aos deputados da Nação passando pela comunicação social.
O verdadeiro "salta pocinhas" é aquele que está sempre ao lado de quem ganha.
Que muda de fidelidades,amizades e até ideologia (se é que essa espécie tem valores e convicções...) ao sabor da sua propria carreira e do aumento exponencial dos seus proventos.
Que numa autarquia está ao lado do poder,disponivel para ocupar cargos e fazer negócios,mas que mal o poder muda surge de imediato a afirmar-se como tendo duvidas,criticas e discordancias há muito tempo.
E isto tanto se passa com politicos,como com jornalistas,como até empresários de areas diversas cuja principal convicção é estarem sempre de acordo com o poder autárquico vigente.
Nem que isso contrarie a filiação partidária ou até o seu passado politico.
Acontece também a nivel de gestores públicos cujas carreiras se vão fazendo ao sabor das mudanças de governos e cuja principal caracteristica,claramente perceptivel,é a visibilidade quando os amigos estão no poder e a invisibilidade quando os amigos precisam deles para a reconquista do poder.
E nas direcções partidárias então é um fórróbódó;conheço gente no meu partido que nos ultimos 10 anos foi "cavaquista","nogueirista","marcelista","barrosista","santanista",agora são "mendistas" desde pequeninos, mas vão mandando uns recaditos de que até gostam muito do Dr.Menezes...
Énfim,é nesta gente,nestes comportamentos,nesta postura perante a politica e perante a vida que vai radicando muito do descontentamento dos cidadãos perante a politica,perante as instituições,perante...tudo.
E esse descontentamento,essa vontade de mudar tudo de qualquer maneira abre a porta,perigosamente,a formas várias de radicalismo que por ai andam !
Depois Falamos

2 comentários:

ribeiro de guimarães disse...

ó senhor antigo governador das terras antigas de bracara o senhor nem parece do meu reino porque se fosse bastava olhar à sua volta e olhar para o centro do nosso burgo para perceber que não falta quem salte que se farte aliás o senhor só tem que pensar que neste momento tirando o seu amigo de longa data que esteve consigo nos falcões mais ninguém quer saber de si para nada portanto pense bem salta-pocinhas é coisa da nossa terra desde os tempos em que a minha mãe se vendeu aos tipos que moram em espanha se não porque raio é que tinha que haver uma batalho no dia de hoje para que a verdade fosse posta no devido lugar

Rui Miguel Ribeiro disse...

Isto não é novidade mas é verdade. O que é pior, e é que não vejo fim à vista para o fenómeno. Para que isso acontecesse, era preciso que viesse um líder que tivesse a coragem e a vontade de varrer todos os salta-pocinhas, lapas e sanguessugas que proliferam nos partidos, neste caso no PSD. Mas já se sabe como é: para um candidato a líder ser "credível" para os inefáveis media, tem de se rodear de e ser apoiado por um rol de notáveis. Ora a maioria destes são-no, porque estão dentro do circuito e a sua permanência tenaz na órbita do poder notabiliza-os e continuam por lá porque são "notáveis" "semi-notáveis" ou "quase-notáveis". É um verdadeiro círculo vicioso. Como diria Dupont, digo mesmo mais, é um verdadeiro ciclo pegajoso.