sexta-feira, maio 17, 2024

Comunicado

Este comunicado assinado pelos presidentes dos orgãos sociais do Vitória excepto Direção e Conselho Vitoriano ( cujos membros se demitiram em Setembro do ano passado e ainda não foram substituidos) era perfeitamente dispensável.
Desde logo porque quando se escreve um comunicado em nome dos orgãos sociais do clube que implica, portanto, a imagem do Vitória convém que ele seja bem escrito, num português escorreito e sem erros ortográficos. 
Não é infelizmente o caso.
Depois porque embora o clube seja accionista da SAD não se entende o que tem a ver orgãos sociais do clube com um diferendo laboral entre a SAD e um seu agora ex funcionário. 
Se alguém tivesse que tomar posição, e é duvidoso que tivesse, teriam de ser os orgãos sociais da SAD que também existem como é sabido.
Não é aceitável, também, a forma como se referem ao treinador Alvaro Pacheco com insinuações e suposições que traduzem uma falta de respeito por alguém que serviu dignamente o Vitória e que até dias atrás era alvo dos maiores elogios por parte de quem agora o destrata. 
Ser ou não ser vitoriano, ser ou não ser associado do clube é irrelavante perante um profisisonal a quem apenas é exigível que dê o melhor de si próprio na sua profissão o que Álvaro Pacheco tem feito ao longo da sua carreira e no Vitória também como aliás é comprovado pelo carinho e empatia da massa associativa com ele. 
De resto o Vitória teve ao longo dos seus mais de cem anos de História, como bem sabem os que a conhecem, imensos treinadores que deixaram obra feita e que não eram vitorianos quando cá chegaram mas levaram o Vitória no coração quando partiram. 
Para citar apenas alguns refiro nomes como Alberto Augusto, José Maria Pedroto, Marinho Peres, Manuel Cajuda e Rui Vitória. Mas muitos mais há. 
Por outro lado causa uma impressão negativa que orgãos sociais do clube que não tinham de se pronunciar,mas pronunciaram, o tenham feito conhecendo apenas a versão de uma das partes. 
E por mais confiança que tenham, e é natural que a tenham dado permanecerem em funções, naquilo que o presidente da SAD lhes transmitiu seria de bom tom aguardarem pela versão da outra parte para depois se pronunciarem ainda que o fizessem no mesmo sentido como era expectável. 
E essa obrigação ainda é maior quando se trata de orgãos fiscalizadores e especialmente jurisdicionais que tem o dever da isenção. 
Difícil é também entender o incómodo perante o facto de Álvaro Pacheco ter dito que os associados do Vitória merecem saber toda a verdade negando-lhe qualquer direito de zelar pelos interesses do Vitória com o inacreditável argumento de não ter estatuto nem legitimidade para o fazer. 
Mas é preciso ser associado de um clube para se ter a legitimidade de defender que os adeptos desse clube merecem saber toda a verdade?
 É óbvio que não. 
Em suma um comunicado sem o qual o Vitória passava bem.
E que curiosamente, dado ser assinado por quem é em nome dos orgãos sociais, não mereceu publicação nos espaços oficiais do clube. 
Em suma um comunicado que sob o pretexto de um acto solidário com o presidente da direção, que não estava em causa porque o assunto é com o presidente da SAD ( com a estranha curiosidade de no texto nunca ser mencionada a SAD mas apenas a direção) se assistiu apenas a um bem dispensável exercício de culto da personalidade como o último parágrafo do comunicado exuberantemente demonstra.
Podia não essa a intenção mas é a imagem que transmite.
Em suma um mau momento que esperamos que não se repita no futuro.
A bem,e no interesse, do Vitória Sport Clube

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