terça-feira, novembro 26, 2013

Eleições Europeias

Daqui a sensivelmente meio ano a Europa dos 27 terá eleições para o Parlamento Europeu.
Num tempo difícil, marcado por uma crise económica que teima em não desaparecer e por convulsões sociais (especialmente nos países do sul) que tudo indica tem tendência para continuarem e não para se esbaterem como seria desejável.
As eleições europeias, em Portugal, caracterizam-se essencialmente por duas realidades:
Uma, semelhante ao que se passa no resto da Europa, que se prende com taxas elevadíssimas de abstenção.
A outra, mais "caseira", e que tem a ver com o aproveitar da oportunidade pelos eleitores para mostrarem a sua insatisfação relativamente ao governo em funções.
Foi sempre assim desde as primeiras eleições  em Portugal para o parlamento europeu.
O que significa que os partidos no poder, e que já anunciaram concorrer ás eleições europeias em listas conjuntas (e bem do meu ponto de vista), face á "elevada" popularidade que gozam junto de sectores significativos da sociedade portuguesa tem de preparar essas eleições com um cuidado imenso para tentarem (e não é certo que consigam) evitar descalabro idêntico ao das autárquicas.
Creio que todas as cautelas se devem centrar na escolha dos candidatos.
Que não podem ser nem membros do governo em busca de uma vida mais tranquila nem aqueles "cromos repetidos" que aparecem nestas alturas em nome de um peso eleitoral que não tem nem nunca tiveram.
Outro erro a evitar, porque perigoso, é transformar o parlamento europeu numa reforma dourada para autarcas que não se puderam voltar a candidatar ou para aqueles que depois de longas carreiras perderam eleições.
Acredito que o povo castigará severamente erros como esse.
Talvez o primeiro critério seja avaliar criteriosamente o trabalho dos actuais deputados europeus.
E em face do mérito decidir quais devem continuar.
E depois preencher o resto da lista ( e lugares elegíveis são poucos) com candidato(a)s que constituam uma real mais valia politica e eleitoral.
Deixo apenas uma nota mais regional digamos assim.
Na actual lista de deputados europeus o deputado minhoto(eu sei que a lista é nacional mas também avalio o trabalho efectuado nesta região) José Manuel Fernandes destacou-se quer pelo que fez em Bruxelas/Estrasburgo quer pela atenção que deu a toda esta região e pelo trabalho que fez em prol dela.
Não faço ideia se ele quer continuar no Parlamento Europeu.
Se quiser acho que fez mais do que o suficiente para merecer continuar.
Se não quiser espero que os decisores se lembrem que Braga foi o único distrito do país em que o PSD cresceu nas ultimas autárquicas mantendo todas as câmaras que tinha e ganhando duas ao PS entre as quais a capital do distrito.
Seria outro erro crasso esquecer isso.
Quem avisa...
Depois Falamos

4 comentários:

Anónimo disse...

Aqui está o cancro que está a matar a Europa. Escrito por um dissidente soviético:

"Dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa‏
"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).
O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo
examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito
elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial
vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem
ou façam mal. Não é a URSS escarrada?
A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação
militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das
armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente.
Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a
acontecer o mesmo com a UE.

Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade
histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as
nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende
dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso
sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade
multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em
mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do
mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação.
É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE.
Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE.
Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE.
Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto».
Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a
sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente
correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio
da perda da vossa liberdade.

Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra.
Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE.

Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas.

A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental.

Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua própria
destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar,
deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas
económicos e étnicos.

O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE
também o é. (...)
Eu já vivi o vosso «futuro»..."

http://www.youtube.com/watch?v=Akwhyd9ozy0

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Um texto magnifico, embora assustador, com o qual não custa nada estar de acordo.

Anónimo disse...

Ainda bem que lhe deu o devido relevo.
É necessário acordar enquanto é tempo e correr com esta corja que está a destruir as nações europeias agrupadas na U.E.: Portugal está moribundo graças a estes políticos oportunistas.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Sim. Até fiz um post no blogue por achar que o texto o merece. De facto a Europa segue por caminhos muito perigosos