domingo, dezembro 10, 2006

Centro Esquerda

A dra Maria Cavaco Silva concedeu, ao ultimo numero da revista "Visão" ,uma longa e interessante entrevista ao longo da qual manifesta a sua posição sobre os mais diversos assuntos.
Nomeadamente afirmando-se como de centro esquerda.
Um dos pitorescos semanários que nos alegram os fins de semana,dá conta da perturbação causada junto de dirigentes e deputados do PSD por esta posição,ao ponto de nenhum se disponibilizar para qualquer comentário.
Não sei a que dirigentes,não sei a que deputados,se referia essa folha de sábado que as vezes sai á sexta.
Também não importa.
Quando a ignorância campeia,melhor se torna nem querer discriminar os ignorantes.
Porque o PSD é um partido de centro esquerda,é essa a sua matriz ideológica,sempre o foi, e o rótulo de partido de direita que ás vezes lhe querem colar advém do sectarismo dos partidos da esquerda não democrática,das conveniências do PS sempre guloso desse espaço e da falta de rigor com que muitos jornalistas se referem ao partido desde sempre.
Não duvido que a dra Maria Cavaco Silva,embora não sendo militante nem precisando de o ser para o efeito,é uma social democrata.
Tal como o marido.
Que mais do que o ser,demonstrou que o era,nos dez anos em que governou Portugal.
Os tais dirigentes até deviam agradecer a clarividência da entrevistada,mas a propensão para a asneira começa a ser avassaladora para os lados da S.Caetano...
Depois Falamos

4 comentários:

Rui Miguel Ribeiro disse...

Humm, hehehe! Permito-me discordar! Há muita gente no PSD que não é de centro esquerda e eu sou um deles. Será que tenho que ir embora? :-(

Maria Manuel disse...

Os que pensam devem ficar. O PSD tem-se pautado por princípios de democracia plural, mal vai se se tem de abalar só porque se tem opinião diferente. Sobre a opinião da Dr.ª Maria Cavaco Silva reservo-me a um silêncio meditativo, quanto ao demais há sempre uma palavra. Este é o partido da social-democracia, democracia de carácter social e é essa a diferença que impera da esquerda ou da direita, dos partidos meramente socialistas ou nacionalistas. É na pluralidade da social-democracia que se devem erguer todas as vozes que contribuem para um país melhor onde todos vivamos em democracia, liberdade e equidade...
As limitações e os obstáculos criados à militância de qualquer um de nós que pleita pela social-democracia plural de voz múltipla mais não é do que o medo de perda de poder, sinal de debilidade.
Sou a favor da livre expressão e livre diálogo e discussão sobre as coisas e as ideias.
Loll...

Anónimo disse...

O semanário “Sol” parece dar razão aos que dizem que se trata de um jornal destinado a combater por uma das facções do PSD, no caso, a liderada por Luís Marques Mendes, que ainda detém a direcção do partido. É que, na edição do último sábado, o “Sol” mobilizou o director (José António Saraiva) e o director-adjunto (José António Lima) – um autêntico exército – para atacar o sportinguista Luís Filipe Menezes, que dias antes almoçara com três mil apoiantes em Vila Nova de Gaia, cidade que o autarca transfigurou em apenas oito anos como presidente do município. Tido como adversário de Marques Mendes nas próximas eleições no PSD, Luís Filipe Menezes foi apelidado de “Fernando Gomes do PSD” – o melhor que Saraiva conseguiu para título do seu editorial – e líder de um “patusco grupo almoçarista”, na versão prosaica do director-adjunto do “Sol”. Desta vez não houve seis ou sete presenças de Marques Mendes em seis ou sete textos e fotos diferentes, mas houve dois editoriais da mesma edição para atacar ferozmente a “oposição folclórica e populista de Menezes” e defender estoicamente o estilo de Mendes, uma vez que estará “a impor uma nova forma de fazer oposição”. Quem é que disse que o “Sol” quando nasce é para todos?...

Luis Cirilo disse...

Meu caro Rui Miguel.
Uma das marcas genéticas do "nosso" PSD é o direito a pensarmos diferente.
Somos um partido de gente livre (não é por acaso que o orgão oficial se chama "Povo Livre")que privelegia o debate,a discussão ideológica e a diferença de opções.
Unidos no essencial,como deve ser,tudo o resto consideramos passivel de discussão.
È nesse PSD que gosto de estar,é por esse PSD que vale a pena continuar a lutar.
Ainda que os "entrincheirados" na S.Caetano achem que mais vale um partido semi leninista de verdades unicas e lider idolatrado.
Comigo não contam para isso.
Nunca