Ilações

Ainda é cedo para se tirarem todas as ilações sobre as eleições legislativas em Espanha.

Não se sabe se quem vai governar é quem ganhou as eleições ou se quem não se importa de vender a alma ao diabo para através de uma maioria aritmética sem nenhuma coerência política se manter a qualquer preço no poder.

E mais cedo é para tentar comparações, mais oportunistas que oportunas, em relação a Portugal e a futuras eleições legislativas no nossso país.

Cada coisa a seu tempo e na sua especificidade própria.

Mas há uma primeira conclusão que se pode desde já tirar face ao que se está ver.

Os socialistas espanhóis, tal como os portugueses, não tem um pingo de vergonha, de coerência, de ética e de respeito pela sua própria História.

A sua única ideologia é o poder e a sua única estratégia é mantê-lo seja a que preço for fazendo para isso o que for necessário sem barreiras, limites ou linhas vermelhas.

Sanchez, como Costa, não pasa de um político sem dimensão e capaz de tudo para conquistar/manter o poder.

Apenas isso explica que esteja disposto a fazer coligações parlamentares com partidos que querem separar a Catalunha de Espanha ou, pior ainda, com um partido basco que é sucessor da mesma ETA que matou politicos e autarcas socialistas.

Nem pela memória dos seus camaradas assassinados Sanchez tem respeito.

E isso é a primeira conclusão que em Portugal se deve tirar das eleições espanholas. 

Como por cá já se sabe desde 2015 também o PS não se importa de vender a alma ao diabo para ter o poder.

E por isso se nas próximas eleições o centro e a direita não conseguirem uma maioria no parlamento é mais que certo que mesmo que seja o PSD a ganhar as eleições o PS, aí já liderado por Pedro Nuno Santos, fará no dia seguinte uma nova geringonça para se manter no poder.

E se costuma dizer-se que de Espanha "nem bom vento nem bom casamento" ao menos que se aceite que de Espanha também podem chegar bons avisos.

E este é um deles.

Depois Falamos.