domingo, julho 09, 2023

Família

Sou dos que acredita que a família é um eixo estruturante fundamental de uma sociedade equilibrada, justa e defensora de valores.
Porque uma sociedade deve construir-se fazendo da familia o seu alicerce fundamental e não dando a ideologias perversas e subversivas que por aí andam o papel de substitutas  de tudo aquilo que o nucleo familiar é garante desde sempre.
Infelizmente num tempo em que parece ser moda pôr tudo em causa, em nome de um falso modernismo que nada constrói mas que destrói muita coisa, o ataque à instituição família faz-se sentir de várias formas desde alguns manuais escolares que deviam envergonhar quem os torna sustentáculos do ensino até à confusão que se pretende instalar sobre o que é ser pai, ser mãe e qual o papel de cada um deles na educação dos filhos.
Já para não falarmos do desvario que por aí anda sobre a orientação sexual de cada um e de cada uma e da forma como se pretende passar essa balburdia para a mente e mentalidade das crianças sujeitas a uma intoxicação, desde tenra idade, sobre assuntos que não sao seguramente adequados para pessoas tão jovens.
Mas se esses são problemas que as famílias enfrentam vindos de fora para dentro, se assim se pode dizer, depois há os outros problemas que existem no núcleo familiar e que se vem agravando de geração para geração de há muito tempo a esta parte.
Refiro-me a uma progressiva, mas felizmente (ainda) não generalizada, tendência para uma cada vez menor transmissão da importância dos valores familiares, do respeito pela família e pela sua união, da importância dos mais velhos na manutenção e transmissão do legado familiar.
Mas também dos pais que prescindem de ser pais , com tudo que isso significa em termos de responsabilidade e de autoridade, para viverem na ilusão que são os melhores amigos dos filhos, dos pais que não sabem nem querem transmitir aos filhos a importância e o reconhecimento que existe no papel dos avós, dos pais que substituem a presença e os valores educativos pelas ofertas materiais (telemóveis, consolas, computadores, etc) convictos de que filho entretido é filho que não chateia!
É, há quem pense mesmo assim!
E por isso há cada vez mais jovens alheios ao valor da família, que desdenham o convívio familiar e se tornam em pequenas ilhas apenas preocupados consigo próprios, com os seus interesses e desejos, marimbando-se para a companhia dos familiares mais e menos próximos.
Conheço casos de jovens que num dia são capazes de não falarem dez minutos com pais e irmãos, já para não falar de avós, tios, primos, etc, mas que são bem capazes de passarem horas "on line" com amigos na multiplicidade de jogos de computador e de redes sociais que preenchem a maior parte da sua atenção.
E assim, por razões externas e internas às famílias, se vai minando a importância destas e o seu papel na estruturação social um erro que as gerações futuras vão pagar muito caro por razões tão evidentes que nem vale a pena explicar.
Hoje é comum haver quem não tenha tempo para estar com a família, quem tenha "agendas" sempre tão preenchidas que nelas não há espaço para o convivio familiar, quem entenda que a família é uma maçada que só traz obrigações e nenhum benefício.
Normalmente são os que não tem tempo para conviver com os familiares, especialmente os mais velhos, em vida mas que depois não faltam aos seus funerais onde não perdem a oportunidade de realçarem a falta que o falecido vai fazer, o quanto gostavam de estar com ele e a pena que tem de isso nunca mais ir acontecer.
Pena não se lembrarem disso em vida do falecido.
E assim se vai, de forma inconsciente e irresponsável, contribuindo para a desvalorização daquilo que devia ser o mais importante na vida social de cada um.
A sua família.
Depois Falamos.

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