segunda-feira, setembro 30, 2019

Europa

Pode , de facto, falar-se em Europa a propósito do jogo de ontem em que o Vitória recebeu e bateu o Paços de Ferreira por um magro uma a zero depois de noventa minutos de completo domínio das operações.
Domínio claro, com Miguel Silva a ter de fazer apenas duas defesas mais complicadas porque de resto foi uma tarde tranquila, mas a que não correspondeu uma boa exibição da equipa vitoriana que esteve nesse capítulo bastante abaixo daquilo a que nos vem habituando.
Jogou francamente mal na primeira parte, melhorou claramente na segunda mas no computo geral não se pode falar de uma boa exibição do Vitória sem que isso ponha minimamente em causa o mérito do seu triunfo frente a uma equipa pacense que veio jogar para o pontinho e ....quase o levava!
Pode então falar-se de Europa a que propósito?
Desde logo porque com o triunfo o Vitória consolidou o quarto lugar e é aí que deve manter-se (excepto se for para subir na tabela...) até ao final da prova porque não só tem equipa para isso como também face ao que se vai vendo a concorrência directa não tem melhores argumentos.
Por outro lado porque tendo quinta feira um jogo quase decisivo com o Eintracht em que só o triunfo serve plenamente as aspirações vitorianas é natural que isso tenha de alguma forma condicionado, ainda que inconscientemente, a postura de alguns jogadores que estariam já a pensar no desafio europeu em vez de se concentrarem totalmente no jogo que estavam a disputar.
Pode ainda a Europa ser justificação, embora secundária face ao que se vai vendo, para mais um conjunto de rotações feitas pelo técnico e que deixaram bem à vista a falta de rotinas entre alguns jogadores com  natural influência no futebol jogado.
Adiante.
Em termos individuais registo para uma afirmação em crescendo de Tapsoba (que classe na transformação do penálti), uma boa exibição de Sacko, o "desperdício" de André Pereira jogar nos flancos e a boa entrada em jogo de Edwards.
Menos bem estiveram Davidson a decidir mal uma série de lances, Venâncio a falhar passes atrás de passes e Mikel a complicar numa zona onde Musrati e Wakaso raramente o fazem.
Mais três pontos, e isso era o que mais importava ontem, e agora com a pausa para as selecções será tempo para recuperar lesionados e afinar processos.
Depois Falamos.

2 comentários:

Mike_the_Bike disse...

Caro Luís Cirilo,

a rotatividade da equipa expõe-nos a estes riscos (empatar, perder, jogar menos bem...). Neste jogo acabámos ter ter a sorte mesmo no final do jogo, mas também sabemos que não conseguimos jogar todos os jogos bem, mesmo jogando sem haver rotatividade. Para mim, o importante é a dinâmica que esta equipa está a ter, e que está a cativar os sócios, gerando uma onda positiva que só trás benefícios para a equipa e para o Clube.
Que assim continue por muito tempo (para lá de Janeiro), e os resultados serão seguramente melhores que têm sido!

Gostei bastante das declarações de ambos os treinadores no final do jogo. Se assim fossem todos, o futebol Nacional crescia muito melhor.

Abraço
Miguel

luis cirilo disse...

Caro Miguel:
Genericamente de acordo.
Penso apenas que a questão das rotações deve ser moderada para minimizar os riscos.
Creio que a equipa está bem, o plantel dá garantias e se não houverem disparates em Janeiro estamos na luta pelo terceiro ou quarto lugar.
Quanto aos trenadores estiverem realmente muito bem nas declarações especialmente Pepa que mesmo perdendo com um penalti em tempo de descontos foi sério na abordagem que fez ao assunto.
Muitos como eles é o que se deseja