A Comissão

Nunca apreciei particularmente as "Comissões de Honra".

Sempre achei que instituiam uma diferença entre pessoas de primeira,as da comissão,e pessoas de segunda que eram todas as outras.

E se em eleições gerais tal já me parece má prática,então em eleições partidárias internas acho absolutamente condenável.

Porque não há militantes de primeira e militantes de segunda.

Há militantes.

Todos diferentes,mas todos iguais nos direitos e na consideração que merecem.

Pelos vistos a candidatura do ainda lider tem opinião diferente.

E,vai daí,mete ombros á herculea tarefe de constiuir a maior comissão de honra de todos os tempos em Portugal.

Talvez para tentar ganhar um lugar no Guiness,provavelmente a unica coisa que vai ganhar nos próximos meses.

E lá estão todos encabeçados pelo inefável militante nº 3.

A habitual brigada do reumático sempre disponivel para apoiar quem manda.

Os profissionais do poder,saltitões de lider em lider,de CPN em CPN.

Oa aflitos em perderem o lugar,os ansiosos por recuperarem lugares que já tiveram,os impacientes por terem lugar pela primeira vez.

Mas desta vez a criatividade foi ainda mais longe.

Ok,há quem lhe chame não criatividade mas sim aflição mas prefiro não ser tão caustico.

Convidaram quase todos os presidentes de câmara,quase todos os deputados,todos os presidente de junta de freguesia do país.

A quem enviaram uma circular patética,assinada pelo candidato Marques Mendes através de chancela ,e com um pedido de resposta para um endereço de mail tipo sondagem da Nestlé.

A lógica perversa é,óbviamente,não o ter muitos membros na comissão de honra mas sim comprometer o maior número possivel de militantes e dirigentes á volta de uma candidatura tipo gelatina que treme por todo o lado.

Como é possivel convidar-se alguém que não se conhece para uma comissão de honra ?

Como é que alguém pode sentir-se honrado com tal convite ?

Porque pertencer a uma comissão de honra é uma coisa.

Ter honra em estar na comissão é outra.

Votar em quem olha para as pessoas como números instrumentalizáveis numa eleição interna é uma coisa bem diferente.

E por isso acredito que em 28 de Setembro toda esta forma de fazer politica vai passar á história e novos tempos se abrirão para a esmagadora maioria dos militantes do PSD.

Claro que alguns,os que compraram bilhete para o Titanic depois de ele ter embatino no iceberg,vão ficar desiludidos.

Quiçá arrependidos.

Mas é a vida...

Depois Falamos