sexta-feira, janeiro 26, 2007

Lá vai Lisboa...


Assisto,com sincera tristeza e preocupação,á lenta agonia do executivo PSD na Câmara de Lisboa.
Que é a mais importante e emblemática de todo o País.
Cuja conquista em 2001 por Santana Lopes,contra uma coligaçao PS/PC no poder,contra Paulo Portas candidato pelo CDS,contra o Bloco de Esquerda
constituiu uma das mais espectaculares,e saborosas,vitórias autarquicas do PSD na história do Portugal democrático.
Muita a´gua correu debaixo das pontes desde essa noite histórica de 2001 em que ganhamos Lisboa,Porto,Coimbra,Portalegre,Faro entre outras ao Partido Socialista.
Em 2005,depois de tudo aquilo que aconteceu aos governos PSD/CDS,o actual lider do partido decidiu,numa atitude absolutamente censurável,impedir Santana Lopes de defender a Câmara que tinha conquistado.
Impôs a escolha de Carmona Rodrigues.
E a ela ficará umbilicalmente ligado até ao fim.
Que infelizmente não parece vir longe.
A ela e a todas as trapalhadas que nela tem sucedido.
A quebra da coligação com o CDS,o caso "Pedro Portugal Gaspar",a divida colossal do municipio,o parque Mayer,a verdadeira nuvem de assessores e adjuntos que a partir de 2005 enxameiam os corredores da autarquia,entre outros exemplos menores ou,se calhar,maiores.
Pode bem vir agora assobiar para o ar e referir-se ao problema "Bragaparques" como uma..."dificuldade" !
Asseverar que os mandatos tem de ser levados até ao fim e que os envolvidos devem suspender funções.
Existe em Lisboa um sério problema,para além dos levantados pelas investigações,de coerência e credibilidade (pois é a credibilidade é mais que um slogan de Congresso) politica.
Para além do da própria governabilidade da Câmara.
E não vale a pena,tentando disfarçar e desviar as atenções,Marques Mendes vir comentar um texto, inserto no blog de Luis Filipe Menezes, na velha lógica do "quem não é por nós é contra nós".
Nao foi Luis Filipe Menezes quem teve papel decisivo na origem da enorme trapalhada em que Lisboa se tornou.
Foi Marques Mendes.
A quem ninguém exigiu que se demitisse (por mais que jornalistas e jornais amigos queiram deturpar afirmações na tentativa patética de criarem cenários de vitimização) mas a quem seguramente serão exigidas responsabilidades pelo desfecho de todo este caso.
È,uma vez mais,uma questão de credibilidade.
Depois Falamos

6 comentários:

Maria Manuel disse...

Sem Dúvida que se vivem momentos de perfeita agonia na Câmara de Lisboa e na actual liderança do PSD. São tempos difíceis de viver. Para uns é o cair de um sonho ou de vários em projecto, mas para outros poderá ser a grande oportunidade de gerar mudança. É o tempo de dar o salto e repensar Futuros caminhos para o PSD, caminhos que urge rasgar e trilhar. Quanto à Câmara e após a “imposição” da anunciada suspensão de mandato da Variadora Gabriela Seara será de facto muito difícil a manutenção de Carmona, mais a substituição daquela apenas será uma mera estratégia politica para garantir votos à actual Liderança do PSD… augura-se de facto chegado o tempo de mudar a trajectória.
Até era giro termos novas directas…
Mas depois falamos.

António Fiúza disse...

Tenham calma.
Como sempre defendemos (PSD, por exemplo, a propósito da dissolução da AR por Jorge Sampaio), os mandatos democráticos são para cumprir até ao fim.
Em 2006 houve directas. Não sei porquê, mas só houve um candidato, apesar dos propósitos de uns de se candidatarem e de outros de se candidatarem se outros não se candidatassem.
No tempo normal, em 2008, haverá mais directas. Então, veremos quem aparece.

Rui Miguel Ribeiro disse...

Desde a dissolução da coligação com o CDS que eu no meu Blog vaticinei tempos difíceis para o PSD na CML. Confesso que foi mais sério e mais rápido do que pensava. Maria José Nogueira Pinto deve estar bem contente por Carmona lhe ter retirado os pelouros: assim está completamente fora da trapalhada!
Quanto às directas de 2006 e de 2008 no PSD, quem quis e pôde aparecer, apareceu e quem quiser e puder, aparecerá. O Partido é livre e os militantes também.

Unknown disse...

Vez simAdmira-me que tantos se surpreendam com a “confusão” que reina na autarquia lisboeta.
Então não sabem que em Portugal uma percentagem considerável da população “compreende” os alegados actos de corrupção? E até já os desculpa?
“O gajo rouba mas ao menos faz obra”
Só quem não anda no meio do povo é que não percebe que os portugueses estão “a habituar-se” a isto.
Seguramente que a Câmara Municipal de Lisboa não é a primeira e nem será a última (espero) a ser alvo deste tipo de denúncia e posterior investigação.
O Vereador do BE denunciou a alegada tentativa de aliciamento de que foi alvo. Denunciou-a e fez bem. Mas o Dr. Sá Fernandes não fez mais do que a sua obrigação. Política, pelo menos. Afinal, não são os dirigentes do Bloco de Esquerda que pretendem ser os salvadores da pátria? Os defensores dos pobres e oprimidos?
Duvido é que esta denúncia vise apenas “ o combate à corrupção” já que se sabe que o Bloco de Esquerda tem muitas ambições políticas e que a autarquia lisboeta é um dos seus objectivos.
Mas, como diria alguém: “ Isso agora não importa nada”.
Esperemos é que este processo não termine como outros semelhantes. Tudo a investigar e nada a declarar.

Depois falamos

Gonçalo Capitão disse...

Numa coisa tens toda a razão, Luís: o dr. Mendes terá de responder solidariamente pelo que, no aspecto político, se passar em Lx...

Acresce que acabaram com o "rasgo" que o dr. Santana imprimiu à gestão da cidade, designadamente, convidando arquitectos como Gehry, Foster, Nouvel e Sua Kay, para além de grandes nomes portugueses, para intervir na cidade. As consequências turísticas suplantariam o investimento, por certo.

Rui Freitas disse...

As aves de rapina bem podem agourar que não irão a lado nenhum.
Como diz um comentador abaixo, quem quis ir à luta, foi; quem teve medo, quedou-se pela "segurança" da trincheira!
Em 2008, será igual.
Entretanto, qualquer pretexto é bom (para essas aves ignóbeis) para atacar o Presidente do próprio Partido, esquecendo (porque lhe convém) o verdadeiro significado da palavra SOLIDAREDADE!
Marques Mendes traçou o caminho e nunca o "camuflou", enquanto outros vão "camuflando" que caminho querem seguir!