O Nosso 14

Depois de perder dois pontos em casa do último o Vitória perdeu três em casa do penúltimo.

Uma semana depois de ter empatado com o Sporting, a seguir a um jogo épico em Braga e numa sequência de nove jogos sem perder o que é sempre uma boa marca.

A verdade é que a equipa esteve irreconhecível.

E de pouco adianta ,colectivamente é claro, fazer boas exibições e ganhar pontos a equipas do topo da tabela quando depois se desperdiçam em jogos que tínhamos a obrigação de ganhar.

Individualmente:

João Miguel: O melhor na noite de ontem. Defendeu tudo que tinha defesa, até um penalti, mas a equipa não o ajudou nada quando foi preciso. Merece outra solidez defensiva à sua frente.

Bruno Gaspar: Mala  atacar e mal a defender. Um jogo para esquecer.

João Afonso: Talvez a sua pior exibição com a camisola do Vitória. Falhas inadmíssiveis num jogador que já mostrou ser capaz de bem melhor.

Pedro Henrique: Se conhecesse Plange saberia que não valia a pena fazer penalti. Na duvida fez e esse foi o corolário negativo de uma exibição que nem vinha sendo má.

Dalbert: A atacar deu nas vistas. A defender deu...espaços. E isso foi fatal no segundo golo.

Bouba: Muito discreto. Bem substituído.

Cafu: Como sempre o mais inconformado com o andar das coisas. Mas o jogo não lhe saiu particularmente bem.

Otávio: Em Braga atingiu o "pico" mas os jogos seguintes foram menos conseguidos. Com o Sporting  faltou espaço e ontem faltou inspiração. Ainda assim foi dos seus pés que saiu o melhor futebol do Vitória.

Valente: O mais esforçado dos dianteiros e aquele que construiu o lance mais perigoso (e único) do Vitória. A sua saída, salvo lesão, é difícil de perceber numa equipa que tinha dois golos de desvantagem e precisava de ter em campo gente com "faro" de golo.

Dourado: Sem jogo, sem oportunidades, uma tarde de sacrifício inútil.

Licá: Passou completamente ao lado do jogo. Devia ter saído mais cedo.

Moreno: Entrou,para recompor a defesa, com a equipa a perder por 0-2. Cumpriu sem problemas face a um adversário já de "barriga cheia".

Francis: Trouxe a já habitual irrequietude que mexe com o jogo. Mas nada mais.

João Teixeira: Uma estreia de que não guardará memória que valha a pena. Tem bons pés e agarra-se à bola como o colega de equipa e de proveniência Vitor Andrade.

Douglas, Luís Rocha, Hurtado e Alexandre Silva não foram utilizados.

Uma péssima exibição e três pontos perdidos não são razão  para dramatizar mas também não dão para desvalorizar.

Esta equipa e este plantel são fruto de condicionalismos e opções que vem de Julho/Agosto, e que Janeiro não serviu para compensar, pelo que aquilo que se lhe pode exigir é o quinto lugar e nada mais.

Mas o quinto lugar tem de se exigir mesmo!

Porque, apesar de tudo, tem valor e valores suficientes para isso.

E nada está perdido se as coisas forem bem feitas daqui até ao fim da Liga.

Depois Falamos.