O PSD está em semana de congresso.
E se porventura tal não fosse público e notório teríamos sempre as habituais "provas de vida" de alguns "notáveis" que escolhem cirurgicamente estas alturas para darem umas entrevistas em que não hesitam em exibir dotes de oráculos e preverem o futuro do partido e do líder em funções.
Sempre de forma pouco positiva diga-se de passagem.
Vale que o prazo de validade dessas entrevistas ás vezes nem ao próprio congresso chega...
Adiante.
O congresso do próximo fim de semana realiza-se pela primeira vez em Espinho.
Considero positivo que assim seja porque cada vez que o partido "estreia" um novo local para a realização da reunião do seu orgão máximo dá um sinal de vitalidade e de presença em todo o território nacional fazendo jus ao facto de ser o maior partido português.
Até hoje, e já considerando o de Espinho, o PSD realizou trinta e seis congressos.
Dezasseis no distrito de Lisboa com treze no concelho com o mesmo nome e os restantes três nos concelhos de Cascais, Torres Vedras e Mafra.
Cinco no Porto sendo quatro na cidade e outro na Póvoa de Varzim.
Quatro em Aveiro distribuídos por Aveiro, Feira, Oliveira de Azeméis e agora Espinho.
Três no distrito de Braga em Braga, Barcelos e Guimarães.
Três em Leiria com dois na sede do distrito e um em Pombal.
Dois em Coimbra com um na cidade e o outro na Figueira da Foz.
Dois no distrito de Faro com um em Albufeira e o outro em Tavira dando-se a curiosidade de ser o unico distrito que teve congressos sem nenhum se realizar na respectiva capital.
E um no distrito e cidade de Viseu.
Equivale isto a dizer que o PSD realizou até hoje congressos em oito distritos, sete do litoral e um do interior, "faltando-lhe" fazer o mesmo noutros dez para ter marcado presença em todo o país com eventos deste género.
Merece particular realce,pela negativa, o facto de o partido nunca ter feito um congresso no Alentejo (Beja-Évora-Portalegre), Trás os Montes ou Setúbal um dos mais importantes distritos eleitorais do país.
É certo que no tempo do cartaz que encima este texto era muito difícil o PSD fazer um congresso no Alentejo ou em Setúbal dado o muito particular conceito de "democracia" que a extrema esquerda e o PCP impunham nessas zonas do país em que negavam aos partidos à sua direita a liberdade de associação e manifestação.
É bem conhecida a história dos boicotes a comícios do PPD nessas zonas de Portugal.
Mas hoje, em que como diz o cartaz "Portugal Livre" é uma realidade já não há nenhuma razão para que o PSD não faça alguns dos seus próximos congressos em Évora ou Setúbal.
É mais que tempo.
Mas também em Santarém, na Guarda, Castelo Branco, Vila Real, Bragança, Viana do Castelo, Beja ou Portalegre.
Qualquer uma dessas cidades capital de distrito (e nalguns casos outras nesses distritos) tem hoje condições para receber um evento com as caracteristicas de um congresso do PSD.
E o maior partido português tem de há muito uma "divída" com esses distritos em termos de realização dos seus congressos.
Haja a vontade de a pagar.
Depois Falamos
P.S. Nalguns dos distritos referidos nem um Conselho Nacional o PSD realizou em quarenta e dois anos de vida.
Não pode ser!
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