Foi há 41 anos.
A propósito de uma lista posta a correr com nomes de pessoas ligadas à direita e ao General Spínola que seriam presas e fuziladas (ficou conhecida como a "matança de Páscoa") e cuja veracidade nunca chegou a ser comprovada assistiu-se a uma acção militar de forças afectas ao referido general.
Que de forma inocente terão escorregado numa "casca de banana" que lhes foi posta à frente por serviços secretos russos ou americanos ou...ambos.
A verdade é que essa patética tentativa de golpe militar foi rapidamente neutralizada pelas forças afectas ao MFA e pela reacção popular nas ruas e os seus autores viram-se obrigados a fugir para Espanha .
Era chegada a hora do PREC.
A partir daí os sectores radicais do MFA e os partidos de extrema esquerda radical, com o apoio do Conselho da Revolução e do governo chefiado pelo comunista Vasco Gonçalves, lançaram um programa ideológico inspirado a Leste que passou por nacionalizações da banca e seguros, cimentos, comunicações,transportes, siderurgia e pela reforma agrária, pelo desmantelamento de grupos económicos, pela ocupação de terras e empresas.
Foram oito meses de desvario político e económico, que tiveram o seu ponto culminante no chamado "Caso República" , que arruinaram as estruturas produtivas do país e colocaram Portugal sob o sério risco de ser ver submetido a uma ditadura de esquerda.
Tudo terminaria (?) a 25 de Novembro quando as forças moderadas do MFA apoiadas por PS, PSD e CDS desencadearam o 25 de Novembro e repuseram o país no trilho da Democracia, do Estado de Direito e da Liberdade.
Pese embora as consequências do desvario do PREC, que em alguns sectores económicos como os transportes se continuam a fazer sentir, Portugal foi capaz de reencontrar um caminho consentâneo com os desejos da esmagadora maioria dos portugueses que nos 40 anos seguintes nunca deram à esquerda radical a mínima possibilidade de chegar ao governo do país.
Até ao advento da geringonça...
Depois Falamos.
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