Depois de uma longa campanha eleitoral interna o PSD vai escolher, no
próximo sábado, o seu novo líder que terá a responsabilidade de defrontar
António Costa nas legislativas do próximo ano.
Avesso que sou a tacticismos, a falta de clareza, a esperar para
tentar perceber quem ganha para depois o apoiar decidi dar o meu apoio desde a
primeira hora à candidatura de Pedro Santana Lopes.
Não por uma questão de amizade pessoal, que é importante mas não deve
interferir neste tipo de opções, mas por reconhecer nele o social democrata
mais bem preparado para liderar o partido no combate eleitoral de 2019 e levar
o PSD a uma nova vitória que lhe permita, desta vez, governar o país e não ser
arredado do poder por uma Frente de Esquerda sem outro “cimento” que não
afastar o PSD e Passos Coelho do governo como aconteceu em 2015.
Conheço Pedro Santana Lopes há muitos anos.
E mesmo antes de o conhecer já acompanhava o seu percurso político,
iniciado ao lado de Francisco Sá Carneiro, no qual teve vitórias e derrotas,
sucessos e inêxitos mas sempre ao serviço do seu partido e nunca contra ele
mesmo em fases da vida do PSD em que não estava em convergência com os líderes
de então.
E mesmo nesses períodos, em que entendia que o rumo seguido pelos
líderes não era o mais adequado, nunca se furtou a combater pelo partido e
assim obteve triunfos históricos na Figueira da Foz em 1997 e Lisboa em 2001
quando lhe teria sido bem mais fácil resguardar-se, não dar a cara, e esperar que
o futuro lhe trouxesse os sucessos que por vezes ele,futuro, guarda para os
tacticistas.
Em 2008, nas directas em que defrontou Pedro Passos Coelho e Manuel
Ferreira Leite, apoiei Pedro Santana Lopes.
Já nessa altura o considerava a melhor opção para liderar o partido.
A opinião dos militantes foi outra-elegeram Manuela F.Leite- e aceitei
de bom grado sem jamais pensar que o partido corria o risco de desaparecer e
sem a menor tentação de nas legislativas seguintes votar no PS.
Hoje volto a apoiar Pedro Santana Lopes.
Conheço-o melhor do que em 2008
e por isso tenho ainda mais razões para o apoiar.
É um político experiente, conhecedor, com um carisma pessoal
enorme e que soube ao longo da sua
irrepreensível vida pública aprender com os erros , não se deslumbrar com os
sucessos e ter a humildade de reconhecer que não é o centro do mundo nem o
supra sumo das virtudes.
É um homem com “mundo”.
Que conhece muito bem o país, que estudou no estrangeiro, que viaja
por deveres profissionais mas também pela curiosidade de conhecer, de estudar,
de aprender novas realidades.
Conhece Portugal e os portugueses.
Em quarenta anos de vida pública foi deputado, membro do governo,
primeiro-ministro e presidente de duas câmaras municipais, sendo uma delas a
maior do país e outra uma média câmara da região centro, o que lhe deu uma
profunda experiência de governação nos seus vários patamares.
Conhece a política internacional.
Como membro do governo em várias ocasiões mas também como eurodeputado
em Bruxelas.
Conhece o mundo da cultura (foi o secretário de estado que mais tempo
esteve nessas funções), do desporto (como presidente do Sporting), da acção
social onde levou a cabo relevante acção nos seis anos em que foi Provedor da
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Mas também conhece uma vida profissional própria, liderando uma
conhecida sociedade de advogados , com a experiência essencial que essa
actividade fora da política sempre traz e é essencial a quem desempenha cargos
públicos.
É hoje um homem muito bem preparado, com uma maturidade política e
pessoal que apenas a experiência de vida traz, para voltar a desempenhar cargos
tão relevantes como o de presidente do PSD e essencialmente primeiro-ministro
de Portugal.
Lidera uma candidatura com ideias e projectos que foi capaz de
apresentar um programa sólido e estruturado para Portugal.
Um programa consubstanciado em mais de duzentas ideias para o país,
abrangendo todos as áreas e sectores, que recolheu contributos de relevantes
especialistas que quiseram contribuir para um documento inovador e que é
representa a sustentação programática da candidatura.
Uma candidatura que teve a preocupação de realizar uma Convenção
Nacional, no passado sábado, em que durante cerca de cinco horas foi possível
assistir a painéis temáticos,a intervenções de grande qualidade de reputadas
personalidades da vida política, social e económica do país, ao apresentar de um
vasto conjunto de ideias para Portugal.
E que teve no seu encerramento um notável discurso de Pedro Santana
Lopes falando para Portugal e para os portugueses, deixando de lado as questões
partidárias e preocupando-se exclusivamente em apresentar as linhas mestras do
programa com que depois de ganhar o PSD pretende ganhar Portugal.
No próximo sábado espero que os militantes do PSD reconheçam tudo isto
e deem a Pedro Santana Lopes uma clara vitória nas directas para depois o
partido começar a construir uma alternativa mobilizadora, carismática e
ganhadora para as legislativas de 2019 .
Portugal precisa do PSD.
E o PSD precisa de um líder como Pedro Santana Lopes.
Em quem votarei.
Pelo PSD e por Portugal.
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