Por isto ou por aquilo, mas também pelos dias/horas em que alguns se realizam, não me tem sido possível a assiduidade que gostaria e por isso quase me tenho limitado a acompanha-los pelas noticias de jornal , redes sociais e testemunho de quem a eles pode assistir com mais regularidade.
Quis o acaso que nas últimas semanas tenho podido assistir a dois jogos (ontem com o Sporting da Covilhã foi um deles) e não quis deixar de manifestar aqui o meu testemunho perante duas agradáveis realidades.
Uma equipa que joga bom futebol e alguns jogadores que certamente terão como destino próximo a equipa A.
As equipas B, e a do Vitória é exemplar nisso, normalmente fazem uma segunda volta melhor do que a primeira porque são equipas muito específicas em que todas as épocas saem e entram muitos jogadores e por isso os treinadores precisam de tempo para consolidarem uma equipa base e respectivos processos de jogo.
Com o Vitória isso tem acontecido todas as épocas e nesta também.
A equipa joga bem.
Em ataque continuado com jogadas a toda a largura do terreno,em contra ataque com transições muito rápidas e bem apoiadas , na sua organização defensiva com boa entreajuda entre os sectores.
Tem lacunas?
Claro que sim. É uma equipa B, com jogadores jovens e que ainda estão numa fase final dos processos de aprendizagem, a quem é preciso dar uma compreensão acima da que se dá à primeira equipa do clube.
Mas num campeonato tão difícil como o da II liga, com adversários recheados de jogadores muito experientes,os jovens vitorianos tem sabido ano após ano dar boa conta do recado e estou certo que este ano o farão uma vez mais.
Enorme mérito de Vítor Campelos e da sua equipa técnica que tem respondido com trabalho e resultados a alguma ignorância e má vontade que por vezes grassa em volta da equipa B.
Quanto aos jogadores há ali muito boa matéria prima a merecer aproveitamento na equipa A.
Alguns destaques:
Kiko e Estupinan que já andaram pela equipa A e que certamente a ela voltarão para lá se fixarem porque são dois jovens de imenso potencial.
Dois centrais de boa qualidade (Dénis Duarte e Ricardo Carvalho) com o primeiro a revelar mais experiência e a deixar no ar uma interrogação sobre as razões pelas quais Pedro Martins não lhe deu até agora uma única oportunidade em jogos oficiais.
Tiago Castro tem um pé esquerdo que não engana, qualidade técnica, precisa apenas de ganhar mais experiência porque ainda comete algumas ingenuidades que prejudicam o seu desempenho global.
Gostei também do luso-luxemburguês Artur Abreu, um extremo rápido e com bons pés, que está num processo de habituação a um futebol muito diferente daquele a que estava habituado mas que me parece ter talento para singrar.
Mas quem me entusiasmou mesmo foram Joseph e David Luís.
O médio é um jogador feito, com belíssimos pés e leitura de jogo evoluída, que não entendo como também ele ainda não mereceu uma oportunidade a sério na principal equipa. Há ali muito talento a merecer outro palco.
E o lateral esquerdo David Luís.
Rápido, forte nos duelos individuais, um pé esquerdo notável que faz cruzamentos que são meio golo, todo um jogador de alta competição que o Vitória fará bem mal se não souber aproveitar.
E depois outros que jogaram menos nestes dois jogos ou que tiveram menos oportunidades de brilhar como Miguel Oliveira (que será o guarda redes que quiser ser...) Domingo, Rui Gomes ou João Correia e são também eles fortes candidatos a integrarem no curto/médio prazo a equipa A do Vitória.
Como certamente outros que não tive oportunidade de ver mas de que tenho boas referências como Haman, Bence Biró, André Almeida a titulo de exemplo.
Em suma uma equipa B que continua a cumprir muito bem o seu papel de preparar jogadores para a equipa A.
Se esta os aproveita ou não isso já são outros "contos".
Depois Falamos.
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