sábado, abril 12, 2014

Retrocesso

A actual época do Porto, e muito em especial a forma como foi "varrido" da taça Uefa por um Sevilha apenas de boa qualidade, remete os azuis e brancos para os tempos remotos do estádio das Antas quando atravessar a ponte da Arrábida já se transformava num problema quase insolúvel.
De facto para um clube que nos últimos 30 anos tem ganho mais que todos os outros juntos, em termos nacionais, é estranhissimo fazer uma época de tão fraca qualidade em termos internos ao ponto de estar já a uma distância inimaginável do anunciado campeão Benfica.
Creio que tal se deve a um enfraquecimento gradual da durante muito tempo inexpugnável organização portistas que permitia ao clube estar alguns passos à frente de todos os outros e,inclusive, ganhar várias competições internacionais.
Só que o FCP, por razões que não conheço em profundidade, relaxou.
O ano passado já esteve à beira do insucesso do qual foi salvo pelo "miraculoso" golo de Kelvin ao cair do pano do jogo decisivo.
Mas não aprenderam a lição.
E este ano o plantel foi construído com alguma sobranceria e falta de planeamento ao ponto de só terem dois laterais de raiz e apenas um alternativa ao goleador Jackson Martinez contratada ao Moreirense da II liga.
Para além da contratação arriscadissima de um treinador sem provas dadas ao nível de exigência em que o Porto joga.
E não aparece sempre um André Vilas Boas.
A verdade das verdades é que nos últimos três anos o Porto deixou sair os seus grandes talentos.
Falcão, Hulk, Moutinho e James.
Este ano, em Janeiro, vendeu Otamendi (o seu melhor central) e foi buscar um jogador emprestado (Abdoulaye) quenem nas competições europeias podia jogar por já ter sido utilizado pelo anterior clube.
Reforçou o plantel com jovens de valor, como Ricardo ou Carlos Eduardo, mas que ainda precisam de tempo e com jogadores como Licá que nunca rendeu de azul e branco o que rendia no Estoril.
Depois a inexpugnável fortaleza do passado revelou outras fendas.
Casos atrás de casos.
Ismailov, Fucile, Iturbe.
Com empresários a reclamarem semanalmente da não utilização de jogadores, o que noutros tempos seria impensável, como nos casos de Maicon ou Defour.
E por isso o FCP vai ficar na Liga a uma distância imensa do Benfica, foi varrido da Liga Europa e na taça de Portugal tem 4ª feira na Luz o jogo que lhe pode salvar minimamente a época.
Não sei se este ano de fracasso lhes abriu os olhos.
Ás vezes desconfio que não...
Depois Falamos

2 comentários:

Anónimo disse...

Depois falamos ?
Não vale a pena o Porto diz-me tanto como o Benfica, ou seja - Nada.

Preocupa-me, isso sim, o estado miserável, em que colocaram o Vitória.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Pois...mas neste blogue embora se fale bastante do Vitória não é só para falar do Vitória que existe