segunda-feira, outubro 01, 2012

Esforço Inglório

Cartoon de Miguel Salazar e texto de José Rialto em http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt

O genial cartoon de Miguel Salazar (e texto de José Rialto) que encima este post é extremamente feliz no retratar da situação mais infeliz da História de 90 anos de uma grande instituição chamada Vitória Sport Clube.
Porque não sendo ainda conhecida de todos (sê-lo-á na próxima Assembleia Geral) as peripécias que envolveram a questão do PEC é perfeitamente possível dizer agora aquilo que de mais substancial existe sem entrar em detalhes que deverão ser explicitados no local próprio.
Face à desastrosa gestão dos últimos anos o Vitória, ainda no mandato da anterior direcção, viu-se obrigado a recorrer a um instrumento chamado PEC para fazer frente às dívidas avassaladoras do clube perante o Estado, fornecedores, atletas, técnicos e funcionários.
Foi a anterior direcção que recorreu ao PEC.
Sabendo exactamente o que isso significava e perfeitamente consciente de que as garantias anteriormente prestadas (devido a empréstimos por ela contraídos) teriam de se manter até à liquidação total das dívidas.
Nesse contexto, e depois de terem sido afastados do clube pelos sócios insatisfeitos com o rumo dos acontecimentos, foi a actual direcção que teve de completar o processo em tempo recorde (caso contrário não poderíamos inscrever as equipas nas ligas profissionais) negociando com todos os credores envolvidos.
Nomeadamente a banca.
Que aderiu (e são quatro os bancos envolvidos) deixando claro não prescindir dos avales dos anteriores directores.
Com o que estes concordaram assinando até, com um dos bancos, um compromisso nesse sentido.
Simultaneamente a direcção solicitou, e obteve, da AG autorização para a prestação de garantias no âmbito do PEC conforme a Lei exige deixando bem claro que seria apenas e só nesse âmbito que a autorização dos sócios era solicitada.
As equipas foram inscritas.
E agora, conforme previsto, é necessário formalizar o PEC através de uma acta em que todos os envolvidos terão de depor a sua assinatura.
É então que surge esta posição dos anteriores dirigentes.
Recusando-se a viabilizar o PEC, dando o dito por não dito, e colocando o clube à beira do abismo.
Porque sem o PEC o Vitória fica á mercê de um qualquer credor que decida pedir a insolvência do clube.
Em suma:
Os responsáveis pela péssima gestão financeira, e pelo aumentar brutal do passivo do clube (e pelo mais que se virá a apurar), foram embora e querem que sejam os actuais dirigentes a resolverem o problema.
Nem que seja hipotecando o que ainda há para hipotecar do nosso património.
É uma atitude inqualificável que a ser mantida tem de merecer a resposta adequada dos vitorianos e da direcção do Vitória.
E vai merecer não tenho duvida nenhuma.
Depois Falamos

P.S. Confesso que há uma coisa que à luz do que se sabe ainda não percebi: esses senhores terão a noção de que caso o PEC não seja aprovado, e o Vitória entre em insolvência, os seus avales serão executados pelos bancos como garantias dos empréstimos não liquidados?
De certeza que tem!
E por isso ainda é mais incompreensível esta atitude.
A não ser que …

4 comentários:

Pedro disse...

caro Cirilo,

O Sr. Emilio Macedo já se separou da mulher, por alguma razão o deve ter feito.......Será que assim não há nada para executar??

Anónimo disse...

Um desses senhores andava na sexta pela Tribuna Presidencial...logo depreendo que a actual direcçao lhe deu uma "borla" para entrar para aquela zona..

Anónimo disse...

"P.S. Confesso que há uma coisa que à luz do que se sabe ainda não percebi: esses senhores terão a noção de que caso o PEC não seja aprovado, e o Vitória entre em insolvência, os seus avales serão executados pelos bancos como garantias dos empréstimos não liquidados?
De certeza que tem!
E por isso ainda é mais incompreensível esta atitude.
A não ser que …"

pois tb não entendo pois eles tem a necessidade q tudo corra bem, ainda nao percebi foi o "a nao ser que.."

luis cirilo disse...

Caro Pedro:
admito todas as possibilidades.
caro Anónimo:
depreende mal. A pessoa em causa adquiriu uma cadeira naquela zona. Conclusões precipitadas são perigosas.
caro Anonimo:
é uma bela questão essa que bem gostava de os ver responder