
O PSD/ Braga elegeu na sexta feira a sua nova comissão política distrital.
Lista única,
espírito de unidade,enfim sintonia com a mensagem passada por Pedro Passos Coelho no congresso de Carcavelos.
Desde 2004 que não integrava nenhum
orgão distrital depois de quase uma década de
ininterrupta presença quer na comissão politica quer na Mesa da Assembleia.
Voltarei agora,e com muito gosto, a ser delegado á assembleia distrital eleito pela minha secção. Que é,como se sabe,Guimarães.
Sempre foi desde o dia 21 de Janeiro de 1975.
Numa lista também ela elaborada num
espírito de unidade interna que se saúda e deseja preservar por muito tempo como condição essencial á vitória na batalha autárquica de 2013.
Nos
últimos seis anos além de não participar nos
orgãos distritais mantive-me (quase) sempre afastado da politica no distrito especialmente desde que cessei (Jorge Sampaio cessou melhor dizendo!) o mandato de deputado na assembleia da República.
Por uma lado devido ao velho principio de que " a casamento e baptizado..." e por outro dada a minha
discordância profunda sobre a forma como o partido foi dirigido em termos distritais nestes
últimos anos.
Que deixaram a "pesada herança" de apenas seis deputados no Parlamento(em 2002 eram 9) e cinco presidências de Câmara (em 2005 eram 8)entre outras "desgraças" menores.
Esta gestão politica teve como corolário o abandono a que foram votadas as secções, pela distrital cessante, no congresso de Carcavelos.
Nem estratégia distrital,nem capacidade
reinvindicativa,nem...nada!
Creio, e conheço o PSD no distrito desde 1975,que nunca em Braga (distrital) se chegou a este ponto de desânimo e falta de acção política.
Daí que,tanto quanto me lembro, e para lá da minha secção apenas participei numa ou noutra actividade em Vila Verde,Vizela e Cabeceiras de Basto.
Sempre a convite das estruturas concelhias.
Porque o meu desacordo com a orientação da CPD era total.
Mas é tempo de virar de página.
Os novos
orgãos eleitos na sexta feira tem pela frente uma enorme tarefa de reactivação do partido, de o fazer ganhar visibilidade política e social, de começarem a preparar
seriamente as próximas autárquicas.
E também de potenciarem o trabalho dos deputados eleitos pelo distrito.
Espero que o façam.
Embora a experiência destas coisas me sugira algumas reservas sobre a operacionalidade da
CPD face ao elevado número de presidentes de câmara que a compõe.
Porque todos sabemos que os presidentes de câmara tem uma agenda muito ocupada.
A ver vamos.
Sobre o que não tenho dúvidas é o mau sinal dado pela inexistência de mulheres na comissão política e mesa da assembleia.
Nem uma.
E não é seguramente por não existirem, e muitas, com valor para estarem lá.
Basta lembrar que o partido tem no distrito duas deputadas á assembleia da república, vereadoras, deputadas municipais com a responsabilidade de dirigirem a respectiva bancada, e outras que não estando em nenhum cargo tem a competência mais que suficiente para integrarem qualquer
orgão do partido no distrito.
Foi um erro.
Que podia ter sido evitado.
Há que, com sensatez, tomar acções concretas que contrariem este mau sinal.
De resto creio que o
Paulo Cunha e a sua equipa tem condições para fazerem um bom trabalho.
Que é o que todos desejamos.
Depois Falamos