domingo, abril 11, 2010

Expressões


Não é ,ainda,hoje que vou escrever sobre o congresso do PSD.
Penso que como em todas as matérias sensiveis importa deixar "pousar o pó" para tentar perceber na sua plenitude tudo que lá aconteceu.
O antes e o durante para se poder projectar o depois.
Ou seja aquilo que o PSD de Passos Coelho vai ser nos próximos tempos.
Das opções estratégicas á escolha das listas muito há para analisar e depois comentar.
Coisa que farei nos próximos dias.
Para já deixo esta foto de três dos quatro candidatos á liderança obtida durente o decorrer do conclave.
E a expressão de cada um deles dá, por si só, para teorizar amplamente sobre este congresso.
Não quero,contudo, fazê-lo já.
Depois Falamos

10 comentários:

Anónimo disse...

Só o facto de estarem os três juntos já é para mim altamente surpreendente e revelador da capacidade agregadora de PPC.

Há que lhe dar o valor que merece!

il disse...

Realmente é necessário pensar muito bem no que aconteceu e no que não aconteceu. Com calma, muita calma. E deixar o 1º milho para os pardais...

Vitor Ferreira disse...

Meu caro Luis,
Também concordo que devemos deixar a poeira assentar e, só depois falar do que será este nosso novo PSD.
Mas, penso que concorda comigo, este PSD tem mais para dar do que os anteriores, quando digo anteriosres, digo depois de Cavaco.

Desde a primeira hora fui um apoiante de Pedro Passos Coelho, votei quando perdeu e votei agora que ganhou, votei convicto que será o futuro primeiro ministro de Portugal, votei convicto que Passos Coelho fará de novo os militantes se unirem em volta do PSD. Os verdadeiros militantes, não aqueles que só são PSD para se promoverem. Por isso espero que ele também "limpe" a porcaria que xiste dentro do PSD e que flizmente se resume a dois ou três Pachecos Pereiras.
Tenho fé... Depois Falamos [desculpe o abuso de utilizar a sua assinatura]

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Eu dou.
Caro il:
Pois é,pois é...

luis cirilo disse...

Caro Vitor Ferreira:
Eu em 2008 apoiei Pedro Santana Lopes.
Que considerava ter boas condições para derrotar Sócrates.
Os militantes preferiram Ferreira Leite e as coisas só podiam acabar como acabaram.
Penso que Passos Coelho aproveitou bem estes dois anos para se preparar.
Estudou,apreendeu,debateu, está hoje muito melhor politico do que há dois anos.
Tem condições excepcionais para levar o partido a grandes vitórias.
desde que nunca se esqueça de se manter atento aos retrovisores.
A ver vamos.
Mas com fé sem sombra de duvida

Anónimo disse...

Hoje começou uma nova fase no PSD.
O congresso terminou com o mesmo espírito de unidade com que começou.
Passos Coelho apresentou aos portugueses um novo projecto, uma nova equipa, criando assim condições para que o PSD se apresente como uma efectiva alternativa ao desgoverno do partido socialista.
Internamente, aguardemos que os bons prepósitos se aliem às boas práticas, esperando que este clima de pacificação se mantenha para o futuro.
Agora, ao trabalho, por Portugal, pelo PSD

freitas pereira disse...

Há mais de meio século que me ausentei do país onde nasci.

Talvez não conheça bem todos os meandros da política do meu país nem os políticos que a fazem.

A leitura assidua deste blog, permite-me , entretanto, dar, de longe, uma opiniao.

Após uma revolução embelecida pelas cores dos cravos e a sua participação no concerto cacofónico desta União Europeia, verdadeiro albergue espanhol
onde cada nação trouxe o seu egoísmo e o apetite desmedido de vantagens, Portugal enterra-se numa lamentável bancarrota da credibilidade política e económica.

Mesmo sem a crise actual do capitalismo, Portugal continuaria a sua descida aos abismos tal um Titanic embalado pela monotonia das suas insuficiências estruturais.

De Gaulle dizia que os povos têm os governos que merecem. Creio que ele tinha razão.

Não posso aceitar que os Portugueses não sejam capazes de engendrar políticos de qualidade, mesmo se o contexto do parto hoje é doloroso , numa sociedade que pariu elites capitalistas decepcionantes ,porque cúpidas, massas laboriosas sem uma formação adaptada aos desafios da globalização e gerações que têm dificuldade a atingir verdadeiros horizontes intelectuais e culturais.

Que a sociedade assista a situações de gigantesca corrupção, numa total impunidade, não é de hoje, mas tem de se combater.

Que durante semanas a fio, os média escritos e televisivos, investiguem um estranho caso de controlo , precisamente, dum média , nada de mais natural, porque seria una negação da democracia, mesmo se os exemplos pululam noutras “democracias”. (Penso neste momento no Berlusconi, que controla tudo o que se assemelha a um média ! ).

Por isso compete às formações políticas que fazem parte do Parlamento de não deixar passar estes atropelos da democracia. Mas não só. Criar uma alternativa credível e corajosa para o futuro, é também imperativo, porque contentar-se de substituir equipas para fazer a mesma política, seria ainda mais desmoralizante para o povo.

E isto porque se certos povos têm os governos que merecem, eles também têm as oposiçoes políticas que condizem .

Portugal está gravemente doente, e muitas vozes, desde há muito, se têm elevado contra todos os excessos que afectam a vida política nacional.

Se se sabe reconhecer a gangrena que devasta uma Nação, porque é que é tão difícil de criar a parada que poderá salvà-lo duma morte anunciada ?

Apareçam, pois , os homens corajosos e honestos, com ideia novas , que não sejam como aqueles que por toda a parte, na Europa, se transformaram em coveiros do mais belo dos ideais , aquele que é feito de justiça, de honestidade e de solidariedade .

luis cirilo disse...

Cara Anónima(por lapso):
Subscrevo inteiramente os bons propósitos.
Vamos ter esperança que seja esse o estado de espirito de todo o partido.
Pelo menos da esmagadora maioria dos militantes.
Caro Freitas Pereira:
Estou totalmente de acordo com a sua análise.
Que se aplica a Portugal e a boa parte da Europa do Atlântico aos Urais.
Porque de facto a grande crise de hoje tem a ver com a qualidade da democracia e com a valia efectiva dos governantes.
Fácil é recordar homens e mulheres do passado que pelo exemplo se tornaram referências do bem estar na politica.
Hoje é bem mais dificil encontrá-los.
Porque as élites se nivelaram por baixo,porque o grau de exigência dos povos é bem maior(ás vezes exagerado),porque o escrutinio a que a comunicação social submete os politicos afasta gente dessa actividade.
Também,sejamos sinceros, porque um cidadão honesto e com competências ganha muito mais na sua profissão do que em lugares politicos.
E tudo isso acaba por contribuir para algumas tentações totalitárias que ainda não se veêm mas já se pressentem.
Porque os povos na sua legitima ânsia de serem bem governados tem alguma tentação por se entregarem na mão de seres providenciais predestinados para lhes assegurarem a felicidade terrena.
Todos sabemos a forma trágica como isso acaba.
Mas nem todos tem a memória histórica suficiente para se desviarem dessas tentações.
Sinceramente tenho pouca fé no futuro.
Espero estar enganado.

Unknown disse...

Caro Luis Cirilo, para mim, é e será sempre uma questão moral e bons principios.
Não posso criticar um banqueiro pelos milhões que ganha, mas posso dizer que quem não estiver na politica para servir, não pode lá estar, porque não é politico, é politiqueiro.
Cada um de nós é livre de escolher a sua profissão e hoje em dia quase toda a gente quer ser politico.
Na minha opinião, a riqueza de um politico está na sua cabeça, não no seu bolso.
Por muito pouco que um politico ganhe, nunca soube de um que passasse fome.
O que deve mover um politico deve ser a causa publica, não a sede de poder, protagonismo e enrequecimento facil.
Porque nos devemos lembrar sempre quem estamos a desonrar e envergonhar quando depois tudo se torna publico... mas não provado em tribunal.
Tempos houve em que estar num tribunal era sinal que se tinha feito algo de mal, vergonhoso, hoje andar nos tribunais é sinal de riqueza e importancia, vá-se lá saber porquê.

luis cirilo disse...

Caro cb:
Estou inteiramente de acordo.
Mas o que leva hoje muita gente para a politica é o contrário disso.
é a perspectiva de enriquecimento rápido e de qualquer forma.
E isso dá cabo de qualquer regime.