Conjunta pela primeira vez diga-se de passagem.
E sua elaboração é de uma delicadeza que não vale a pena esconder.
Sendo certo, pela dimensão dos partidos, que os dois primeiros lugares serão do PSD cabe ao CDS o terceiro lugar.
E é aqui que começam os problemas.
O cabeça de lista, tudo o indica, será Paulo Rangel o que a confirmar-se é uma boa escolha por parte de Passos Coelho.
O número dois será um ex autarca do PSD (pelo menos os indícios apontam nesse sentido) provavelmente Fernando Ruas embora existam outras possibilidades menos prováveis como os candidatos derrotados no Porto e em Lisboa.
O que significa que o primeiro nome do CDS será o terceiro da lista.
E terá de ser uma mulher.
O que em si não é problema porque os centristas tem dois bons nomes para o lugar.
Assunção Cristas, mas não me parece porque saídas do governo para as listas europeias seriam um péssimo sinal, e Teresa Caeiro o nome mais provável.
E aqui reside o problema.
Que fazer de Nuno Melo o anterior cabeça de lista?
Que dificilmente aceitará passar dessa posição para quinto ou sexto lugar, mesmo numa lista conjunta, e ainda menos ser o segundo nome do CDS num tempo em que a sucessão de Portas parece voltar a ser assunto no largo do Caldas.
Claro que se o PSD tivesse uma ex autarca com a notoriedade e peso suficiente para ser número dois da lista o problema estaria resolvido.
E até tem.
Berta Cabral.
Mas que sendo secretária de estado da defesa tem o mesmo óbice de Assunção Cristas.
E a coligação, Passos e Portas em especial, tem um problema bicudo para resolver.
Passos para escolher entre ex autarcas, sabendo que seja qual for a opção terá ganho a inimizade dos não escolhidos, e Portas para não desprestigiar Melo.
Claro que no primeiro caso a solução pode não passar por um ex autarca mas a inimizade, neste caso de todos os interessados, está garantida.
Sendo certo que no segundo caso Portas nunca deixará cair Melo e por isso vai atirar para o parceiro da coligação o ónus da escolha do número dois que é neste momento o "nó górdio" do problema.
Um assunto a seguir com natural curiosidade.
Depois Falamos.
PS. Antes que o meu muito bem informado amigo ZPF mo venha recordar eu adianto já.
Há demissões na vice presidência do grupo parlamentar, e consequente afastar do envolvimento directo nas trapalhadas do referendo à co-adopção, que podem ser um contributo para a resolução deste problema.
E a auto afastada até poderá ter de fazer o enorme "sacrifício" de aceitar ir para Bruxelas como número dois da lista.
Dir-me ão que não tem notoriedade e peso politico para isso.
É verdade.
Mas também não tinha para ser número dois pelo Porto nas ultimas legislativas...e foi!
E, de resto, Bruxelas até fica mais perto de Madrid do que de Lisboa...
4 comentários:
Mas a auto-afastada merece castigo ou prenda? Era só o que faltava para lá da confusão que ajudou a criar ainda ter o prémio de ir para Bruxelas... irra, essa nunca mais deveria ser nada do partido nos próximos 10 anos, pelo menos!
Caro Nuno:
Pois...mas a história dela no PSD tem sido precisamente essa. Ir para onde menos se espera mas sempre para cima...
Isto de arrumar o trem de cozinha é um problema.
Caro ANónimo:
Se é...
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