Devo dizer que gostei, de forma geral, da mensagem passada por Cavaco Silva.
E num tempo em que por tudo, e geralmente por nada, comentadores e cidadãos não perdem uma oportunidade de criticarem o PR tenho particular satisfação em realçar o conteúdo extremamente positivo (sem exageros nem euforias que seriam totalmente despropositadas) do discurso presidencial.
Do qual tirei algumas conclusões.
A primeira é a quase certeza de que não haverá segundo resgate o que é claramente uma boa notícia.E sendo Cavaco um politico prudente nunca teria falado do assunto daquela forma se não estivesse convicto do que estava a afirmar.
Mas fiquei igualmente na certeza de que no pós troika haverá um programa cautelar. Em relação ao qual o PR admitiu a necessidade , sem dramatismo, de continuarmos a precisar da ajuda dos nossos parceiros externos.
Em suma, com toda a simplicidade (que é a melhor forma de dizer as coisas), não haverá resgate mas haverá programa cautelar.
Foi pedagógico na forma como acentuou que o fim do programa de assistência não será o fim dos sacrifícios nem de alguma austeridade.
É bom que se faça muita pedagogia em volta disso para evitar ilusões e falsas expectativas.
Gostei da forma como destacou o empenho extraordinário de trabalhadores e empresários na resposta á crise e no crescimento da economia. Num tempo em que alguma gente irresponsável, dos partidos aos sindicatos, parece empenhada em aumentar a conflitualidade laboral e em fomentar greves inaceitáveis no tempo e na forma é bom que se destaquem pela positiva aqueles que se preocupam em...trabalhar!
No que toca aos partidos foi clara a reprovação pelo facto de Portugal ser um dos países da União Europeia em que é mais difícil as forças partidárias fazerem em pactos de regime em volta de questões essenciais para o país.
Que é um assunto que o próprio PR despoletou em Julho passado e no qual tem vindo a insistir de forma sistemática. O que traduz uma preocupação reveladora de conhecimentos sobre o estado do país para lá daqueles que são sabidos pela opinião pública.
O que sendo natural, dado tratar-se do Presidente da República, não deixa de acarretar alguma preocupação.
Finalmente gostei da ideia associada à comemoração do 40º aniversário do 25 de Abril.
Comemorações viradas para o futuro e enaltecendo aquilo que os portugueses souberam fazer de melhor quando uniram esforços em prol de um objectivo.
Creio que o Presidente da República começou muito bem o ano de 2014.
Agora é tempo de outros, governo e oposição a titulo de exemplo, lhe seguirem as pisadas.
Depois Falamos
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