quarta-feira, julho 17, 2024

Caduca

 Tenho sérias dúvidas que na União Europeia exista uma esquerda e uma extrema esquerda tão caducas e ultrapassadas como em Portugal. 
Hoje assisti a parte significativa do debate do estado da nação no parlamento. 
O primeiro ministro, Luís Montenegro, fez um brilhante discurso de abertura e depois esteve completamente à vontade no debate mostrando clara superioridade em relação aos oponentes. 
E a oposição? 
O melhor terá sido Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, que encarna bem o que é ser oposição responsável. André Ventura é um tribuno talentoso e isso ajudou a disfarçar que os últimos tempos não estão a correr bem ao Chega. 
E a esquerda? 
Salvou-se Pedro Nuno Santos , cuja primeira intervenção foi a melhor que lhe vi fazer neste tipo de debates parlamentares, porque o resto foi a miséria política e ideológica habitual. 
Chavões e mais chavões, conceitos e ideologias pré 1989 , demagogia até à náusea. 
E a cassete de sempre. 
Racismo, xenofobia, homofobia, misogenia, extrema direita, direitos dos gays, violência doméstica , arrogância do governo, paz na Ucrânia e em Gaza ( entenda-se como rendição da Ucrânia e extermínio do Estado de Israel), obsessão contra as grandes empresas, ódio indisfarçável à iniciativa privada, críticas viscerais à NATO e à UE, imigração de portas abertas, direitos dos trabalhadores, defesa do "nosso" povo (esquecendo convenientemente que o povo "deles" é cada vez menos) , " 25 Abril Sempre" e mais umas bacoradas sem esquecer a fanática dos animaizinhos e as suas propostas mirabolantes. 
Soluções concretas, reais, exequíveis para os problemas do país é que como sempre nem uma para amostra. 
Definitivamente desta esquerda e extrema esquerda o país nada pode esperar porque ela nada tem para oferecer. 
O PS, esse, terá de escolher entre voltar à sua matriz original de partido da esquerda democrática com linhas vermelhas em relação à extrema esquerda totalitária e defensora de ditadores e genocidas assumindo-se como oposição credível ou continuar na deriva ideológica em que um oportunista chamado António Costa o mergulhou em 2015 apenas e só para chegar ao poder de qualquer maneira e a qualquer preço.
O futuro dirá qual a opção. 
Mas para já devo dizer que percebo bem a tranquilidade de Luís Montenegro. 
Não tem a maioria aritmética mas tem a maioria da razão. 
E rapidamente se transforma uma na outra.
Depois Falamos.

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