A propósito da inefável Wikileaks voltaram a estar na moda os famosos voos da Cia de e para Guantánamo.Entre outros destinos.
E lá voltaram os esquerdistas com falta de causas, os de centro com complexos de esquerda, e a direita politicamente correcta a exigir inquéritos novos ou a reabertura dos velhos.
Porque,como sempre, o que importa é mostrar os Estados Unidos como os maus da fita que prendem e sujeitam a inamigináveis torturas os pobres radicais islâmicos cuja missão é destruir a civilização tal como a conhecemos.
Mas os fins dos terroristas parecem ter pouca importância para esses bem pensantes da politica europeia.
Fundamental é denunciar a forma como são combatidos
Que fique claro que não defendo nem ilegalidades nem torturas.
Mas tenho consciência que o fenómeno terrorista não se combate com chá e scones.
Infelizmente tem de ser de formas bem mais desagradáveis para evitar males maiores.
Porque se o fenómeno dos voos da Cia preocupa, muito mais preocupam os "voos "que estão retratados na fotografia que encima este post.
E esse é que é o verdadeiro problema.
Depois Falamos
5 comentários:
O que me irrta não são os voos que todos sabíamos existirem -e a necessidade de ir «aos mouros»; é a mentira dos que não tiveram a coragem de dizer que eram necessários. O povo é burro, mas entende se lhe disserem que se não os paramos, teremos de nos pôr de c. para o ar em direcção a Meca, ou voltar às Astúrias. Já perdemos 1000 anos com a invasão árabe de 711, ninguém quer mais do mesmo.
Caro Luís, a propósito do wikileaks escrevi este e este posts que convido todos a ler.
Não dou importância nenhuma às "leaks" do "wiki" apesar de achar que se está a brincar com coisas sérias.
Talvez seja o único português que ainda não foi uma única vez ao site do wikileaks.
Temos coisas mais importantes em que pensar, do que numa qualquer adjectivação que um político terá feito de outro.
caro Dr.Cirilo,
em relação a esta "coisa", considero que é terrorismo. Mais, porque raio não param com isto?
será que ninguém vê que estamos(ocidente) a dar de mão beijada informações aos verdadeiros terroristas? porque será que só aparecem informações sobre o mundo ocidental? não exista "diplomacia" no mundo islâmico?
ou então,...querem destruir, baralhar e dar de novo...
Cumprimentos
Lá fora continua a nevar. Tenho vagar, vou-lhe responder, rei Dolce.
Engana-se, se pensa que Wikileaks não divulgou nada sobre os países árabes. Estes países têm um discurso duplo : um para os ocidentais e outro para as massas árabes. As revelações de Wikileaks têm um impacto enorme nestes países.
Basta saber que este site já não é visível nas capitais árabes, porque Wiki publicou certos documentos revelando segredos que muitos países muçulmanos gostariam de esconder , referentes à maneira como a diplomacia árabe se comporta nos bastidores.
Num destes documentos, um telegrama dos dirigentes árabes aconselhava os Americanos a fechar os olhos sobre as salas de tortura de Guantanamo.
Em 5 de fevereiro 2006, o Cheikh Jaber Al-khalid Al Sabah, ministro do Interior, preconizava para os quatro koweitianos de Guantanamo : “ Deixem-os morrer” .
“Não somos a Arábia Saudita, não temos desertos ou ilhas onde os abandonar à morte! “”, diziam num telegrama a um diplomata americano.
Wikileaks revela as declarações de certos déspotas árabes que legitimam abertamente a tortura. Alguns agentes árabes participaram directamente nas torturas em Guantanamo. 30 detidos sucumbiram à tortura, dos quais vários menores.
Enquanto que os media árabes, claramente desonestos criticavam a tortura, a maioria dos regimes árabes exortavam Obama a fechar o campo ! Diabolisavam os Estados Unidos, ao mesmo tempo que apoiavam os interrogatórios .
Os defensores da democracia e dos Direitos Humanos ficaram admirados ao descobrir que certos regimes árabes ditatoriais e manipuladores, recusaram receber certos detidos para os julgarem eles mesmos. Porquê? Porque receavam julgà-los em presença dos media árabes!
O rei da Arábia Saudita propôs que os Americanos implantassem um “chip” electrónico na orelha dos presos de Guiantanamo, para que não se perdesse o rastro e se pudessem vigiar via Bluetooth! Pois é assim que procedemos com os falcões e os cavalos na Arábia, disse o rei !
Como se vê, os regimes árabes , que utilizam o endoutrinamento ,a propaganda, e as mentiras grosseiras estão realmente numa situação difícil: por um lado cultivam o ódio e o desespero em casa, e pretendem combater o terrorismo e o integrismo perante os ocidentais.
Mas o Ocidente, procede com estes países retrógrados como com a China: Cegados pelos interesses económicos, cavam a nossa tumba ao fecharem os olhos à política desastrosa para o Ocidente que são o caracter tirânico e feudal dos regimes que o Ocidente defende em permanência.
Que seja o regime “democrático” de Karzaï , no Afeganistão, regime de clãs , vivendo da droga que deixa cultivar ( maior produtor no mundo) e das subvenções US, ou da própria Arábia Saudita que subvenciona a construção de mesquitas nos nossos países e mantém as mulheres sob o regime da burka, sem direitos sociais, e que corta ainda as mãos dos larápios, como na idade média.
Duma certa maneira somos tão hipócritas como eles, ao defender tais regimes!
Freitas Pereira
Cara il:
Concordo.É pena existirem governantes com pouco apreço pela inteligência do povo.
Caro Luis:
Então somos dois. Porque também não fui,nem vou,a esse site.
Há de facto coisas bem mais importantes.
Caro rei dolce:
Sobre o mundo islâmico também se vai sabendo alguma coisa. Mas esses considero-os como estando mais do lado do totalitarismo,incluindo paises que o Ocidente considera parceiros,do que do lado da democracia tal como a entendemos.
Caro Freitas Pereira:
É bem verdade o que diz.
E ,de facto, a hipocrisia ocidental é de tal ordem face ao poder dos pétrodolares que ainda vamos acabar por "vender a corda com que seremos enforcados" como um dia previu Lenine.
Aliás nalguns desses pasises que cita, e agarrando nos exemplos que deu (burka,corte de mãos,direitros das mulheres), vive-se em autêntico regime de terrorismo de Estado.
O mais perigoso dos terrorismos sem qualquer duvida
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