
Estou de acordo.
Acho que de forma geral os titulares de cargos políticos são mal remunerados.
Presidente da República, Primeiro Ministro,ministros e secretários de Estado, autarcas, de uma forma geral são remunerados de forma insuficiente face á responsabilidade e ao trabalho que sobre eles recai.
Mal remunerados dentro da exigivel perspectiva de que cumpram os cargos com competência, honradez e dedicação.
Com os deputados passa-se o mesmo.
Aqueles que trabalham no plenário e nas comissões, que tem presença assidua no circulo pelo qual foram eleitos, que são a voz das populações junto do parlamento e do governo, que se interessam pelos problemas e se empenham na sua resolução,esses são de facto mal pagos.
Até porque muito do trabalho politico que fazem (e muita gente ignora isto), nomeadamente nos circulos eleitorais, sai-lhes directamente do bolso e sem retorno.
Os quilómetros que fazem em carro próprio, as despesas de telemóvel e telefone, entre outros custos não são reembolsáveis pelos parlamento.
Para além de não terem instalações de trabalho nos circulos eleitorais( á excepção dos eleitos por Lisboa que podem usar os seus gabinetes,secretariado e afins no parlamento para receberem cidadãos ou instituições) onde possam condignamente receber quem com eles quiser falar.
Esses deputados são muito mal pagos.
Os que não trabalham,faltam repetidamente ao plenário e nas comissões nem aparecem,no circulo eleitoral ramente ou nunca são vistos,esses são demasiado bem pagos.
Porque recebem sem trabalhar.
O que tem um nome muito feio que não quero usar aqui.
Solução ?
Simples.
Circulos uninominais onde o deputado é eleito em função do que se compromete fazer e só será reeleito se o fizer de facto.
É o unico sistema que permite fugir aos arranjos aparelhisticos, ao lugar na lista em função do lugar que se ocupa em estrutura decisória, á escolha em função de interesses privados que se compromete a representar.
A situação actual, de desrespeito pelo Parlamento e pelos eleitores por parte de um número significativo de deputados,não é mais sustentável.
O Parlamento não é, definitivamente, um lugar para ir buscar mais uma avença ou um complemento de outros rendimentos.
Não conheço nenhum caso de alguém ser deputado á força !
Quem quer, e pode, ser então que o seja de facto.
Com profissionalismo,empenho,honradez e dedicação.
É o minimo exigivel ao titular de um orgão de soberania.
Depois Falamos
2 comentários:
bem,no aspecto das faltas os do nosso distrito são campeões.
mas também haviamos de ser campeões em alguma coisa
Caro Rui:
Mas esse titulo bem dispensavamos
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