segunda-feira, janeiro 15, 2024

Gracinha

Num clube cujos níveis de ambição desceram nos últimos anos, por força de problemas diversos que não cabe chamar aqui, a pequena gracinha de acabar a primeira volta em quarto lugar e em igualdade pontual com o Braga tem hoje um sabor que outrora passaria despercebido e é o corolário de uma primeira volta acima das expectativas.
Mas há que dizer que se noutras ocasiões nos podemos queixar do azar ou das influências malfazejas de árbitros e VAR hoje não o podemos fazer de modo algum porque o triunfo foi extraordinariamente valorizado por um Arouca que sempre que atacava semeava o perigo junto da baliza de Varela e por um árbitro que fez um trabalho de qualidade enquanto o VAR anulou um golo ao Arouca que em muitas circunstâncias seria validado.
Ganhamos, somamos três pontos, terminamos a primeira volta em quarto lugar.
É bom.
Mas há que dizer que a exibição foi muito modesta, que passamos os últimos minutos a defender o resultado com cinco defesas e quatro médios em campo, que o Arouca com quatro jogadores na frente de grande qualidade (Mujica, Jason, Cristo e Bukia) cada vez que atacava parecia o Bayern...de Arouca e que a defesa do Vitória terá passado a sua pior noite em muito tempo.
Em suma este quarto lugar, e já agora o teoricamente bom sorteio da Taça de Portugal, ainda reforçam o que já era evidente e que é a absoluta necessidade de o Vitória reforçar o sector dianteiro onde a carência de soluções começa a arrepiar porque Jota Silva (especialmente este pela forma de jogar) e André Silva não vão aguentar a época toda, Nélson da Luz ora joga ora não joga e Butzke infelizmente não é a solução que Anderson Silva era.
Há que ir ao mercado. 
Com sensatez, dentro das nossas possibilidades, mas ir.
Porque se não formos a segunda volta não vai ter gracinha nenhuma.
Depois Falamos.

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