
Começa a animar a pré campanha presidencial depois de um arranque algo chocho e que parecia contribuir para um perigoso desinteresse do eleitorado perante uma eleição de inegável importância e na qual todos os portugueses devem participar.
Nessa "animação" importa referir dois casos específicos.
Debates e sondagens.
A maratona de debates a que já nos referimos em texto anterior tem contribuido para que deixando de lado os que lá estão para marcarem presença e criticarem o governo (Catarina Martins, Antonio Filipe e Jorge Pinto) , porque eleitos nunca serão, dos restantes se possa consolidar uma ideia sobre as suas prestações.
André Ventura falando essencialmente para fixar o seu eleitorado tem sido eficaz nesse objectivo; António José Seguro transmite uma imagem de seriedade mas não abre o "apetite" de nele votar; Gouveia e Melo, debate após debate, mostra que aquela não é a "guerra" dele e por isso nas sondagens afunda-se que nem um submarino; João Cotrim de Figueiredo tem tido prestações claramente positivas através de um discurso diferente e isso permite-lhe fazer parte dos candidatos à segunda volta enquanto Marques Mendes tem mostrado as ideias arrumadas que se lhe conhecem e a boa capacidade de comunicação mas não foge da imagem de ser mais do mesmo e por isso não descola nas intenções de voto.
O que nos leva às sondagens.
Longe do tempo em que pareciam indicar que a presidenciais seriam um passeio para Gouveia e Melo elas agora mostram claramente que há cinco candidatos a passarem à segunda volta.
André Ventura, António José Seguro, Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim de Figueiredo e Luís Marques Mendes.
A maioria dá liderança a Marques Mendes e algumas a André Ventura, sendo os dois únicos que aparecem como potenciais vencedores da priemira volta, mas o que elas mostram, essencialmente, é que as intenções de voto nos cinco são muito aproximadas pelo que qualquer um deles pode ambicionar a passagem ao "mata,mata" da segunda volta.
Veremos até que ponto os debates que restam, seguramente mais que campanhas de rua em tempos natalícios, contribuem para definir quem serão os dois finalistas desta corrida presidencial.
Sendo certo que, embora menos, as próximas sondagens também ajudarão a definir isso.
Depois Falamos.
Nota: A sondagem hoje publicada no Expresso segundo a qual a segunda volta seria entre André Ventura e Henrique Gouveia e Melo seria perfeitamente admissível no quadro da tal incerteza gerada pela proximidade entre os cinco candidatos se não fosse a votação absolutamente ridicula e impossível de acreditar que atribui a Cotrim de Figueiredo. Esperemos que as sondagens de alguma comunicação social ao invés de repercutirem a realidade não a queiram, isso sim, influenciar. Não seria a primeira vez. Especialmente as que vem do grupo Impresa!
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