
Tenho acompanhado com razoável interesse os debates em que participam os candidatos que podem passar à segunda volta porque não perco um minuto de vida a ver debates entre os três candidatos da esquerda radical e da extrema esquerda.
Vi o confronto entre André Ventura e Catarina Martins que foi absolutamente esclarecedor pelo menos num ponto. Nenhum deles pode ser presidente da republica. Livra!
Ontem assisti ao debate entre Marques Mendes e Jorge Pinto.
E dele guardo, com alguna incredulidade, uma afirmação de Marques Mendes quando referiu que Jorge Sampaio foi um presidente isento e independente!
Jorge Sampaio? Isento e independente? Recordo 2004.
Quando o supostamente isento e independente dissolveu o parlamento onde existia uma maioria absoluta sólida e coesa no apoio a um governo que podia não estar a governar tão bem como desejaria mas estava a fazê-lo seguramente melhor do que se dizia e diz.
E essa dissolução foi um autêntico "golpe de estado" no exclusivo interesse do PS, partido do isento e independente, abrindo caminho aos governos de José Sócrates que deixaram o país num estado miserável e com uma factura que foi duramente paga pelos portugueses.
Percebo, mas não aceito, que Marques Mendes com essa afirmação procurasse piscar o olho ao eleitorado socialista que hoje parece um outlet de votos onde cada candidato vai buscar a sua percentagem deles.
O problema é que esse pisca,pisca com o olho esquerdo fecha o olho direito (entenda-se como intenções de voto) a todos aqueles que não acham que Sampaio foi isento e independente, não estão dispostos ao branqueamentos das suas pesadas responsabilidade ao sabor de oportunismos eleitorais e tem memória do que Sócrates, patrocinado por Sampaio, fez ao país.
O dr Marques Mendes lá sabe as linhas com que se cose.
Mas por este caminho começo a duvidar que chegue sequer à segunda volta.
Depois Falamos.
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