sexta-feira, dezembro 12, 2025

Nojo

O futebol português é um nojo. Que piora de dia para dia e muito em especial desde que Pedro Proença chegou a presidente da FPF arrastando com ele o corporativismo maléfico do sector da arbitragem. Vejam- se estes dois casos que são exemplares na forma como os filhos são cada vez mais filhos e os enteados cada vez mais enteados.
No final do Vitória vs Benfica em que a arbitragem de João Pinheiro foi factor decisivo no triunfo de quem por si só não conseguiria triunfar o presidente do Vitória foi á sala de imprensa do estádio D. Afonso Henriques . Pronunciou-se sobre o desgraçado trabalho do árbitro de forma educada, correcta, sem ameaçar nem ofender ninguém apenas manifestando a indignação face ao que se tinha visto no relvado. Resultado? Um castigo de 75 dias e 9000 euros de multa!
No final do Benfica vs Casa Pia o director geral do Benfica entrou no relvado de forma intenpestiva insultando e ameaçando o árbitro Gustavo Correia. Que perseguiu até aos balneários repetindo ameaças e insultos. Resultado? Uma suspensão preventiva de 20 dias, uma multa de 500 euros e um processo disciplinar cujo resultado se conhecerá um dia. Se é que se vem a conhecer.
Esta disparidade de tratamentos só é possível num futebol gravemente doente em que a verdade desportiva, a transparência de processos e a isenção dos orgãos dirigentes são palavra vã perante os factos. E os factos dizem claramente que os dirigentes dos clubes que ousem criticar os árbitros, e muito em especial os árbitros de jogos com o Benfica em que o "colinho" é factor de decisão , estão sujeitos a duras penas. De facto entre este castigo ao presidente do Vitória e as ameaças do director geral do Benfica ao árbitro não há grande diferença. Está em ambos os casos a tentativa de intimidar , de coagir e de condicionar para o futuro. O dirigente para que se cale e o árbitro para que não volte a apitar com isenção jogos em que a sua ajuda pode ser necessária.
Um nojo tudo isto!
Depois Falamos.

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