quinta-feira, janeiro 17, 2019

Seis Notas

O Vitória foi mal eliminado da Taça de Portugal num jogo em que foi quase sempre superior mas não conseguiu traduzir isso em eficácia.
Em seis notas:
1) O Benfica foi melhor nos primeiros quinze minuto em que fez o golo e teve um remate perigoso que Miguel Silva defendeu com a classe habitual. A partir daí o Vitória foi sempre melhor e fez o suficiente para passar a eliminatória menos...marcar golos. E quando assim é...
2) Miguel Silva conseguiu sobreviver a uma noite de frio em que o risco de hipotermia deve ter sido o mais elevado de toda a sua carreira. Na segunda parte esteve positivamente a ver o jogo.
3) O Vitória foi de uma inoperância confrangedora a rematar. Ora passavam a bola ao guarda redes tão frouxos eram os remates ora rematavam longe da baliza dando sequência a bons envolvimentos ofensivos mas em que muito poucas vezes os seus extremos foram à linha cruzar. Surpreendeu a ausência nos convocados de Tyler Boyd o mais vertical dos extremos vitorianos.
4) Luís Castro mexeu bem na equipa e desta vez, e muito bem, arriscou jogar com dois pontas de lança nos vinte minutos finais. Demonstraram falta de rotina (Guedes e Estupinan) mas ela ganha-se jogando. 
5) Joseph fez um belo jogo fazendo aumentar a perplexidade por estes meses de ausência(a saída apenas é explicável por fadiga) enquanto a entrada de Hélder Ferreira provou que ele deve ser opção com mais frequência.
6) Hugo Miguel fez um mau trabalho beneficiando o Benfica. Poupou um vermelho a Jardel aos 24 minutos de jogo após uma entrada brutal sobre Davidson (por bem menos viu Tozé vermelho no jogo com o Moreirense) e aos 45 minutos não quis ver claro penálti na área encarnada em dois enormes erros que influenciaram o resultado. Aos 73 minutos perdoou segundo amarelo a Joseph e consequente vermelho mas na altura o "trabalhinho" já estava feito. 
Em boa verdade nada a que não estejamos habituados.
E assim se continua a fazer a (má) História do nosso futebol.
Depois Falamos

P.S. A FPF anuncia agora que haverá VAR nas meias finais e final da Taça. Com Porto, Benfica, Sporting e Braga apurados a FPF resolveu preocupar-se com o reforço da verdade desportiva dando sequência à velhíssima política de filhos e enteados. É que com um VAR sério e competente (coisa que infelizmente também não tem sido frequente em muitos jogos) os semi finalistas podiam ser outros nalguns casos.

2 comentários:

Anónimo disse...

1) metempsicose o Benfica num bolsinho pequenino, mas de nada serve se não marcarmos golos. Guedes joga muito mas não mata, os extremos não estão a facturar. Raphinha fez 18 golos na época passada... precisamos de goleador, urgente.

2) banho de bola completo, infelizmente inconsequente

3) Tyler Boyd está guardado para hoje, presumo...

4) Estupinan (ainda?) não tem categoria para jogar no Vitória. Não é solucao. Seria Welthon, mas ..

5) Aparentemente precisava de ser trabalhado psicologicamente. Mas que a breve trecho será ele e + 10, não tenho dúvidas

6) estes jogos sem VAR apenas reforçam a necessidade do mesmo.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
1) De acordo.
2) De acordo.
3) Pelos vistos não. Mais um mistério.
4) Ninguém se afirma a jogar dez minutos com a equipa a perder. Deixo avaliação para depois de o ver fazer três ou quatro jogos seguidos.
5) Voltou a estar bem. Mas não ´indiscutível. Ainda...
6) Concordo. Especialmente se o VAR lá estiver para defender a verdade desportiva. O que nos nossos jogos raramente tem acontecido.