Foto: zerozero.pt
Este Braga-Sporting era um jogo por onde passava, de forma inquestionável, um assunto chamado título de campeão nacional.
Mas não só.
Passava também a luta do Braga pelo terceiro lugar, a defesa do Benfica desse posto e o natural desejo dos bracarenses de tirarem uma desforra das duas partidas anteriores com os leões nas quais tinham sido derrotados.
Na primeira volta do campeonato e na final da taça da liga.
E portanto um jogo com essa importância a última coisa de que necessitava era de uma arbitragem polémica que pudesse pôr em causa o mérito do resultado, caisse ele para onde caisse ou até se fosse empate, devendo este ser limpinho, limpinho como diria alguém.
Talvez pensando nisso (oxalá que sim...) o conselho de arbitragem resolveu nomear para este jogo o árbitro Artur Soares Dias que pelos corredores do poder futebolístico há quem considere ser o melhor do país.
E o resultado foi limpinho, correspondendo ao mérito leonino e ao demérito braguista, mas Soares Dias nada teve a ver com isso.
Porque no palco em que protagonizou uma tão célebre quanto desgraçada arbitragem, num Braga-Vitória em que só lhe faltou meter a bola na baliza vitoriana, voltou a rubricar uma péssima arbitragem que levou o Braga ao colo com um conjunto de decisões que só por milagre não definiram o resultado do jogo.
Um vermelho poupado a Fransérgio por entrada violenta sobre Palhinha, um segundo amarelo e consequente vermelho injustificado a Gonçalo Inácio que obrigou o Sporting a jogar 70 minutos em inferioridade numérica e um penalti perdoado ao Braga por falta sobre Coates foram apenas os três maiores erros de uma arbitragem que inclinou o campo de forma descarada.
Quiseram o destino, e o empenho dos seus jogadores, que o Sporting tudo superasse e acabasse por vencer podendo portanto dizer-se que nem assim o apitador conseguiu influenciar o resultado final do jogo.
Mas foi mais uma noite má para a verdade desportiva do nosso futebol e para o prestigío da arbitragem.
Depois Falamos.
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