sexta-feira, abril 30, 2021

Copos

Podemos olhar este Vitória-Moreirense que terminou com o justo triunfo vitoriano sobre os prisma dos copos, ou seja, do copo meio cheio e do copo meio vazio que de alguma forma traduzem a realidade em torno deste derbi concelhio.
O copo meio cheio fala-nos de uma exibição segura do Vitória, em especial na primeira parte em que fez um bom jogo, coroada com dois excelentes golos de dois produtos da nossa formação (o de André Almeida é dos grandes golos deste campeonato) e a conquista de três pontos muito importantes para segurar o sexto lugar.
Fala-nos ainda de algumas boas exibições individuais (B. Varela, os três Andrés, Estupinan) e de uma equipa que tendo feito uma discreta segunda parte soube ainda assim segurar o resultado sem grande problemas.
O copo meio vazio diz-nos que alinhamos com um "onze" inicial incompreensível que deixou Quaresma, Edwards e Lameiras no banco para alinhar André Almeida como falso extremo (posição de que não gosta e por isso procurou terrenos interiores), de uma equipa que a jogar em casa com o Moreirense voltou a alinhar cinco defesas e três médios deixando Estupinan (não marcou mas rematou seis vezes e algumas com perigo) demasiado só na frente, de substituições que nada acrescentaram e as primeiras foram,até, algo precipitadas e d euma equipa que voltou a não jogar ao nível que o valor do plantel permite.
Diz-nos ainda que Edwards não jogou depois de no Dragão e na Choupana ter sido o melhor avançado do Vitória.
Os três pontos e alguns aspectos da exibição permitem concluir que hoje o copo meio cheio venceu o copo meio vazio mas por uma diferença que não permite qualquer tipo de tranquilidade e menos ainda qualquer excesso de confiança porque os dois jogos fora são duas finais para os anfitriões (Farense e Marítimo) e os jogos caseiros trazem as visitas do Famalicão de Ivo Vieira (suponho que não é preciso dizer mais nada...) e do Benfica que ainda pode estar a disputar o segundo lugar.
Nota final para referir que os golos (e exibições) de André Almeida e André Amaro foram uma prova mais de que os "puro sangue lusitanos" são uma opção bem mais segura do que os "potros" de importação indiscriminada.
Depois Falamos. 

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