Creio que pesando bem pesadas as palavras, e nunca se distanciando de um registo formal e institucional que é o seu, Cavaco Silva disse exactamente aquilo que devia ser dito e é legítimo esperar de um PR que respeita escrupulosamente a Constituição da República.
Descontadas as demagogias inconsequentes da esquerda trauliteira e a cassete há muitos anos usada pelo PCP, já para não falar de uma CGTP completamente instrumentalizada pelo "taliban" que o PC lá colocou, para comentarem o discurso presidencial as outras forçar politicas perceberam bem o conteúdo implícito das palavras de Cavaco Silva.
Em bom rigor tenho a certeza que PS e CDS perceberam; o PSD ...fiquei com duvidas porque a sua reacção foi algo parecida com as de Sócrates quando os discursos do Presidente o começaram a "apertar".
A verdade é que o Presidente , interpretando o que a generalidade dos portugueses sente, disse claramente que é preciso mudar de caminho, reformular politicas, assumir outras prioridades das quais o crescimento económico é a maior.
Quem percebeu... percebeu.
Quem não quis perceber, ou fez de conta que não percebeu, acabará por perceber da pior forma.
Desta vez o PR usou uma "fisga".
Da próxima pode ser "artilharia pesada...".
O aviso está feito.
Depois Falamos
3 comentários:
Caro Luis Cirilo,
Embora tenha uma opinião bem diferente da sua em relação ao discurso do PR, pois limitou-se a ser mais do mesmo, limitou-se à inconsequência das palavras, entroncando naquela famosa frase: “eu avisei” mas nada fazendo para alterar o que quer que seja, percebo a sua concordância. Óh, se percebo…
Aquilo que eu não percebo, é o nível baixo e primário com que se refere à esquerda.
Sabe Luís Cirilo, falta-lhe conhecimento prático para falar sobre a cassete do PCP ou para apelidar de Taliban o Secretário Geral da CGTP. Só lhe reconhecerei legitimidade para discutir essas questões quando o senhor souber o que é estar 8 horas por dia, 5 dias na semana, 52 semanas por ano fechado numa fábrica a trabalhar. Quando for obrigado a ficar mais 2 ou 3 horas por dia, além das 8, a dar horas extra porque a produção tem que ser finalizada. Quando souber o que é chegar ao fim do mês e receber 450,00 euros e ter que se governar com esse dinheiro durante os 30 dias do mês seguinte. Quando souber o que é estar a trabalhar com um contrato de trabalho e saber que se não fizer todas as vontades que o empregador exige, no final fica desempregado. Quando souber o que é estar desempregado, procurar trabalho e não conseguir, e ter uma família em casa para sustentar. Quando souber o que é ter que impedir um filho de ir além do 12.º ano, porque o rendimento familiar não comporta os gastos escolares, e inclusive é necessário aumentar esse mesmo rendimento, só que… com a falta de empregos, nem estudo, nem emprego.
Para já não falar dos reformados. Senão o texto nunca mais acaba.
E não me venha com a tese dos gastos acima das possibilidades porque o direito a ter uma casa ou um automóvel, o direito à saúde ou à educação, o direito a ter uma vida digna e de qualidade não é nem nunca poderá ser um direito apenas de uma minoria com poder e dinheiro. Isso era no modelo feudal!
O Luis Cirilo fala de cima da burra, ou seja: fala de barriga cheia. Experimente viver a vida de um trabalhador durante um ano que seja e vai ver que muda rapidamente de opinião.
Sabe caro Luis Cirilo, Se quer catalogar alguém de Taliban faça-o em relação aos seus amigos do PSD. Sim, esses que ROUBARAM aos contribuintes portugueses 5.400 MILHÕES DE EUROS através do BPN, num processo que ainda pode chegar aos 7.000 MILHÕES. Faça-o em relação aqueles que promoveram e contratualizaram as PPP’s, entre eles o seu estimado CAVACO SILVA, e muitos outros amigos do PSD, que custaram até agora aos contribuintes portugueses 148.000 MILHÕES DE EUROS. Não, não é engano, são CENTO E QUARENTA E OITO MIL MILHÕES DE EUROS.
Se quer catalogar alguém de taliban, faço-o em relação aqueles que criaram fundações e institutos lá meteram através de nomeações e concursos opacos os amigos. Amigos esses, pagos principescamente com o dinheiro dos contribuintes.
Se quer catalogar alguém de Taliban, faça-o em relação aqueles que destruíram o aparelho produtivo nacional, a agricultura, as pescas, a indústria marítima… e se for honesto intelectualmente, vai ver que enconta entre esses talibans, o seu estimado CAVACO SILVA e tantos e tantos outros estimados amigos de partido.
Como vê, o talibanismo pode ser usado em muitos mais casos e talvez até com muito mais propriedade. O Luís Cirilo é que prefere vê-lo onde lhe dá mais jeito.
E diga-me lá, caro Luís Cirilo, onde é que a cassete do PCP se enganou na antevisão que tem feito das consequências da política que os seus amigos do PSD, do CDS e do PS têm levado a cabo?
continua...
E é por estas e muitas outras razões, que o Luís Cirilo não entenderia pela falta do tal conhecimento prático e que dariam um texto enorme, que o Luís Cirilo tem uma opinião diferente daquela que tem a “cassete trauliteira do PCP” ou o “taliban da instrumentalizada CGTP-IN”.
Muito mais haveria – e há - para lhe dizer, mas fico-me por aqui, no entanto, e utilizando o mesmo baixo nível que o Luís Cirilo utiliza no post, posso resumir tudo numa frase só: A economia e a sustentabilidade do país aguentam bem sem o Luís Cirilo e os outros Luís Cirilos que por aí populam, no entanto não aguentam sem os trabalhadores e a sua actividade que produz a riqueza deste país.
Cumprimentos
Caro Rogério:
Cumprimento-o pelo enfase posto no comentário que provém de alguém que acredita no que diz.
Isso merece respeito.
Pena é a visão sectária que demonstra, toda ela pré queda do muro de Berlim, através d euma dialectica que a História atirou para o caixote do lixo.
A divisão tão do agrado dos marxistas leninistas entre os "trabalhadores" e os "outros" não faz nenhum sentido nos tempos que correm.
Prova disso é que nunca um partido comunista ganhou uma eleição livre e democrática.
Nunca.
Porque tal como acontece com algumas crenças religiosas extremistas só acredita quem quer.
E em Portugal já todos percebemos o que vale a esquerda não democrática admiradora de Fidel Castro, da Coreia do Norte e do ditadura soviética ou chinesa.
Todos juntos valem bem menos que 20% do eleitorado.
E a tendência será valerem cada vez menos porque defendem regimes e ideias que são do século 19.
Qusanto ao PSD se é verdade que nele militaram ou militam algumas pessoas que a Justiça deverá chamar ou já chamou é também verdade que a esmagadora mairis dos militantes é gente trabalhadora, honesta e sinceramente empenhada no futuro de Portugal.
Devo dizer-lhe ainda que o PSD é desde a sua fundação um partido social democrata, defendor de um Estado de direito e que rejeita todas as formas de ditadura sejam de direita sejam de eaquerda.
Pudesse o PCP dizer o mesmo.
Quanto a mim, e para terminar, devo dizer-lhe o seguinte: trabalho há trinta anos, pago religiosamente os meus impostos e as minhas quitizações sindicais e não admito que no meu país me considerem um portugês de segunda sópor não trabalhar numa fábrica ou não ganhar o salário minimo.
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