O minuto de silêncio é uma invenção portuguesa que data de 1912 quando tendo morrido o ministro dos negócios estrangeiros do Brasil- Barão de Rio Branco- e grande amigo de Portugal se respeitou no parlamento um período de dez minutos de silêncio em sua memória.
Depois o hábito generalizou-se e chegou ao desporto num tempo em que a educação, o respeito e a decência eram bem outros.
Infelizmente nessa matéria os tempos correntes são diferentes para pior e por isso defendo há anos que se devia acabar com os minutos de silêncio nos jogos de futebol.
Porque cada vez mais em vez de servirem para manifestar respeito por quem morreu apenas servem para que energúmenos indignos de viverem em sociedade vão para as bancadas exprimirem a sua estupidez, a sua canalhice a sua falta de educação.
O que hoje aconteceu na Luz foi apenas mais um episódio lamentável de uma cada vez mais longa sequênia de episódios lamentáveis.
E isto nada tem a ver com o clube anfitrião porque ainda na quarta feira em Barcelos, no Tirsense-Benfica, num estádio maioritariamente cheio de benfiquistas o minuto de silêncio em memória de Aurélio Pereira foi religiosa e exemplarmente respeitado.
Tem mesmo a ver com esses indesejáveis que não sabem viver em sociedade e que pensam que a rivalidade e o clubismo justificam tudo.
E esse é um problema trasnversal e não exclusivo deste ou daquele clube.
Sinceramente acho que é tempo de acabar com os minutos de silêncio nos estádios.
Pode não ser a melhor forma de homenagear quem partiu mas pelo menos poupa-os a manifestações canalhas que não merecem e das quais já não se podem defender.
Depois Falamos.
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