sexta-feira, setembro 03, 2021

Apodrecimento

 Em plena campanha eleitoral para as eleições autárquicas o primeiro ministro António Costa, a quem sobra em manha e despudor o que lhe falta em competência e ética, resolveu homenagear um dos fundadores do PSD com motivo no completarem-se quarenta anos sobre a tomada de posse do seu governo.
Como se completariam daqui a um mês mas aí o efeito pretendido, piscar o olho ao eleitorado do PSD, já não seria alcançado.
Naturalmente que Balsemão aceitou a homenagem e a data em que ela se realizaou.
Afinal nestes quarenta anos passou muito mais tempo a servir e a ajudar o PS, através da SIC e do Expresso, do que a apoiar o seu partido de cuja vida praticamente desapareceu desde 1983 pese embora esporádicas e mal sucedidas tentativas de reaparição.
No dia da homenagem foi também lançado o seu livro de memórias no qual, pelos vistos, bate forte e feio em Marcelo Rebelo de Sousa a propósito de histórias antigas do Expresso e dos governos de que ambos fizeram parte.
Com o débil sentido de Estado de que infelizmente tem dado mostras não é que Marcelo apareceu na homenagem , onde pelas imagens conhecidas foi quase ignorado por Balsemão, para uma curta reunião privada com Costa, Ferro e o homenageado sem se incomodar com o facto de dias antes ter sido comparado com um escorpião (pelo próprio Balsemão) e depois saiu pela porta pequena antes de a cerimónia propriamente dita começar.
Nunca vi um Presidente da República comparecer na residência oficial do primeiro ministo fosse para o que fosse. 
Ainda por cima para um papelzinho tão insignificante como o por ele desempenhado na ocasião como se o PR fosse um qualquer personagem de terceira categoria a quem deixaram entrar como se fosse um qualquer penetra.
E assim, com estes protagonistas, o regime vai apodrecendo de forma tão inexorável como acelerada,
Depois não se queixem no dia em que os eleitores optarem por soluções radicais fartos deste estado de coisas.
Depois Falamos.



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