domingo, julho 27, 2008

RTP e TVI


Fiquei satisfeito pela RTP ter ganho o concurso relativo aos próximos dois anos de transmissões de jogos da I Liga em sinal aberto.
E fiquei satisfeito porque a TVI tratou miseravelmente o futebol nestes anos em que a concessão lhe pertenceu.
Maus comentários,más transmissões,uma escolha muito duvidosa dos jogos em sinal aberto,enfim uma desgraça.
E então se fossemos falar daquele hábito de dar o programa da Liga dos domingos sempre depois da uma da manhã de segunda feira teriamos muito para dizer.
Ainda bem que o futebol regressou á RTP.
Esperemos agora que o serviço público de televisão o trate da forma como no passado nos habituou.
Com profissionalismo,bom senso e como produto de primeira qualidade.
Já agora:se nos pudessem poupar o ridiculo de em todos os serviços noticiosos darem reportagens dos chamados grandes também não era mau.
É que há futebol para além "deles"...
Depois Falamos

6 comentários:

rei dolce disse...

Era bom é que os comentarios depois da jornada tivessem inicio por volta das 22 horas. É que ao outro dia é dia de trabalho.
o Formato, confesso que sempre gostei do velhinho " Domingo Desportivo" da RTP.

António Lopes da Costa disse...

Concordo, principalmente quando diz que a TVI tratou miseravelmente o futebol. Por exemplo, depois de um Sporting-Benfica, ou de um qualquer jogo, grande ou não, de qualquer jornada, a TVI apenas fazia o resumo dos jogos e o balanço da jornada no domingo à noite por volta da 1 da manhã. Depois de Rui Santos ter falado 1 hora e meia na SIC Notícias e ainda dava tempo para levar o cão à rua, que só depois começava o programa da TVI.

Outro aspecto em que concordo são os noticiários, que passam todos os dias imagens dos treinos (sempre iguais) dos grandes. É assim desde que vejo futebol e televisão.

No que diz respeito ao futebol, o jornalismo de investigação morreu. Apenas passam imagens dos treinos, sintetizam as notícias dos jornais desportivos e comentam jogos...de forma sempre tendenciosa, isto é, quase nada imparcial.

Talvez com a RTP mude a forma como tratam o futebol. Mas a investigação e um corte com as imagens iguais de treinos diários cabe às televisões privadas. Mas bem podemos esperar sentados...

Gonçalo Capitão disse...

O problema é estarmos sem dinheiro e a TV pública gastar milhões em algo que os privados, melhor ou pior, podem fazer.
Como sabes, adoro futebol, mas entendo que, aqui, Sócrates arranjou mais uma mão para embalar o berço.

Anónimo disse...

Concordo que a TVI, desrespeitou a todos o níveis o futebol e os amantes deste desporto. Refiro-me aos horários a que passavam os resumos e o destaque (INADMISSÍVEL NUM PAÍS DEMOCRÁTICO) que em geral passavam dos 3 (dizem) grandes.

A RTP, (NÃO ME PARECE NADA, MAS NADA) que vá por outro caminho que o da TVI, é tudo farinha do mesmo saco, mudam os nomes, mas, sabem, já ando neste mundo há alguns anos para entender que os gajos da tv são todos iguais, desde os Directores de programação, passando pelos repórteres. São em geral, Lisboetas e Portistas. Ora bolas, estou eu novamente a perder tempo a falar desta Corja que não conhecem as próprias mães.

(Desculpem, mas não vou na conversa destes tipos).

Anónimo disse...

Aimprensa tem que ser tratada como nos velhos tempos. Na porrada.

José Rialto disse...

Amigo Luís Cirilo,
Devo dizer-te que não acredito que as coisas vão melhorar.
As personagens envolvidas são as mesmas, os interesses comerciais são os mesmos, a cegueira estarolesa é a mesma. Seja na TVI, SIC, SportTV ou RTP. Só mudam mesmo as moscas…
A 18 de Fevereiro último, revoltado pelo “status quo” do nacional comentarismo desportivo, e estimulado pelos convites persistentes da SIC Notícias ao envio de questões ao senhor Rui Santos, resolvi confrontá-lo com a realidade, endereçando-lhe a seguinte mensagem:

“Caro Senhor Rui Santos (NR: na altura ainda escrevi senhor com letra maiúscula),
Sou um espectador assíduo do seu programa, e devo reconhecer-lhe o mérito de o considerar um comentador ponderado, esclarecido e com ideias muito claras sobre o nosso futebol. Serve isto para lhe dizer que concordo com a maior parte das considerações que tece. Serve também para lhe reconhecer uma isenção que, embora não seja partilhada por muitas das pessoas com quem converso sobre estes temas, ainda não me permitiu, nem tampouco a essas mesmas pessoas, perceber qual a sua cor clubística. É um mérito que lhe reconheço e que julgo não dever ser fácil de manter ao longo de tanto tempo.
Também eu tenho a minha cor clubística, também eu sou um espectador apaixonado mas, como o senhor, também eu procuro manter alguma distância que dê alguma credibilidade às minhas reflexões.
Para manter esta coerência vou tentar limitar-me apenas aos factos…
Tudo isto vem a propósito das declarações do treinador do Paços de Ferreira quando, na semana passada, se queixava da falta de equidade, por parte da Comunicação Social, no tratamento dado aos diversos clubes da Primeira Liga. Foi com enorme satisfação que o ouvi, a si, a reconhecer que também o senhor prevaricava neste aspecto mas, que se sentia condicionado pelos imperativos comerciais. Já não foi com tanta satisfação que constatei que logo de seguida, quando classificou os desempenhos dos futebolistas nos jogos que envolveram os chamados "três grandes", se limitou a apreciar os seus jogadores, esquecendo por completo que havia do outro lado, como há sempre, mais três equipas em jogo. Apreciei muito a sua "mea culpa", mas ela só faria algum sentido se se associasse a uma mudança de atitude da sua parte. O reconhecimento de um erro só tem sentido se for seguida de uma mudança do nosso comportamento. Caso contrário, apenas nos torna cúmplices dessa situação. Afinal, o senhor apenas se manifestou como sendo mais um "daquela tal" Comunicação Social. Foi com muita pena que o constatei…
É esta a sua perspectiva de equidade ?
A bem da coerência de que já lhe falei, gostaria muito que reflectisse sobre estas questões, que constituem factos indesmentíveis.
Se encontrar algum tempo disponível para o fazer, por favor explique-me aquilo que eu não consigo entender.”

Aguardei uma resposta durante uma semana. Na sua ausência, enviei uma segunda mensagem:
“Caro Senhor (NR: nesta altura não tinha mais desculpas; a maiúscula já não se justificava!),
Na sequência da minha mensagem de há oito dias... não é mesmo fácil explicar-me aquilo que eu não consigo entender, pois não, senhor Rui Santos ? E esse facto não o intriga ? Não o faz reflectir ? E a sua coerência, onde fica ?
Enfim... ‘Olha pr'ó que eu digo, não olhes pr'ó que eu faço’.”

Ainda hoje aguardo serenamente por uma e outra respostas.
Mas não desespero. Afinal ainda só passaram 5 meses e 10 dias, e o senhor Santos (agora não me enganei!) é uma pessoa muito ocupada…