Graças à pandemia que por aí anda o futebol esteve parado durante meses e só agora, fruto da imposição de FIFA e UEFA que tinha de se jogar de qualquer maneira custasse o que custasse, é que está a retonmar as competições um pouco por todo o lado.
Claro que isso vai obrigar, porque os dias só tem 24 horas, as semanas sete dias, e os meses trinta ou trinta e um dias, a que o futebol entre pelo Verão com os campeonatos a terminarem lá para o final de Julho e as competições europeias em Agosto.
São muitos os receios, de quem percebe de futebol e não apenas de cifrões, que esta prolongada paragem e a consequente sobrecarga de jogos tenham um efeito muito negativo no estado fisíco dos jogadores nomeadamente em termos de lesões musculares de que, aliás, o regresso da Bundesliga já foi exemplo.
E por isso a FIFA, desta vez com o pronto acordo do "International Board" quase sempre lento a autorizar alterações às regras, decidiu que até ao final desta atípica época as equipas poderiam fazer cinco substituições, ao invés das três tradicionais, procurando assim minimizar os tais problemas físicos dos atletas.
Deixando a adopção dessa regra ao critérios das ligas nacionais mas esclarecendo que essas substituições se poderão apenas fazer em três períodos do jogo e no intervalo do mesmo sendo permitido que cada clube tenha no banco até nove jogadores.
Daqui decorrem pelo menos duas consequências:
A primeira é que os campeonatos começaram com umas regras e vão acabar com outras o que em termos de verdade desportiva deixa bastante a desejar.
Como acontece, aliás, com esta decisão de algumas equipas jogarem em campo neutro jogos que deviam fazer em casa própria.
A outra consequência é que esta medida vai favorecer , como de costume, as equipas mais fortes e lesar os interesses desportivos das que não tem os mesmos recursos porque é perfeitamente evidente que as equipas que lutam para os primeiros lugares tem um plantel mais forte que as que jogam para outros patamares e isso tornar-se-á um factor de cada vez maior desiquilibrio quanto maior for o número de jogadores que umas e outras puderem utilizar.
Mas importa a quem manda é que se jogue.
E por isso role a bola porque, em bom rigor, a verdade despotiva no futebol português é coisa que preocupa bem pouco os tais que mandam.
Depois Falamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário