Tenho um fascínio de décadas pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Creio serem o maior espectáculo político do planeta Terra começando com dois anos de antecedência com as primárias dos partidos Republicano e Democrata até à escolha dos candidatos (excepto quando se trata da recandidatura de um presidente porque aí apenas o outro partido procede a uma verdadeira escolha) e terminando com as eleições propriamente ditas em Novembro do ano respectivo.
Até lá assiste-se a campanhas eleitorais, com recurso a meios financeiros que na Europa nem conseguimos imaginar , que atravessam todos os Estados da União e com as ferramentas do marketing a desenvolverem um trabalho fantástico que transforma as campanhas num verdadeiro espectáculo.
Fascina-me também, mas aí pela negativa, a manutenção de um sistema eleitoral em que os candidatos são eleitos por um colégio eleitoral que é quem verdadeiramente é escolhido pelo voto dos eleitores e que permite , pelas suas especificidades muito próprias, que o candidato com mais votos populares não seja o que tem mais delegados nesse colégio eleitoral e não seja portanto escolhido como presidente.
Se recordarmos que em tempos recentes isso já aconteceu por duas vezes permitindo a eleição de George W. Bush em 2000 e Donald Trump em 2016, derrotando nas urnas Al Gore e Hillary Clinton (que teve mais três milhões de votos que o actual presidente), percebemos com essas eleições o quanto anacrónico o sistema é e o quanto perderam os Estados Unidos e o mundo com essas escolhas do colégio eleitoral.
Mas são as regras que lá existem e são para todos.
Em 2020, a seis meses das eleições, já são como é hábito conhecidos os candidatos que vão disputar a presidência em Novembro e que serão o recandidato Donald Trump pelos republicanos e Joe Biden pelos democratas.
Joe Biden, em dois mandatos vice de Barak Obama e que não quis ser candidato em 2016, venceu as primárias democratas e é a grande esperança para afastar da Casa Branca quem nunca lá devia ter posto os pés.
Naturalmente espero que vença.
Mas não deixo de dizer que tenho muita pena que Michelle Obama não tenha querido ser a candidata dos democratas.
É uma mulher notável, com uma excelente carreira profissional, conhece bem a realidade da presidência , muito mais nova que Biden( e que Trump) faria chegar outra geração ao poder executivo da maior potência mundial e tem as qualidades pessoais de integridade, inteligência, determinação e capacidade de decisão que fariam dela uma grande presidente.
Como o provam aliás todas as sondagens feitas, antes da sua recusa em se candidatar, que lhe davam um claro favoritismo contra Trump.
Não quis, está no seu direito, mas quem sabe se no futuro não virá a querer.
Depois Falamos.
P.S. Há quem fale na sua candidatura como vice de Biden. A ver vamos...
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