Calouste Gulbenkian é um personagem cuja história vale a pena conhecer.
Porque é não só a história de alguém com enorme importância na vida cultural de Portugal, através da Fundação com o seu nome que foi durante muitos anos um autêntico ministério da cultura oficioso, como é também a história do petróleo na primeira metade do século passado e dos grandes negócios que então se fizeram em volta da sua exploração.
É uma história que atravessa duas guerras mundiais, entre outros conflitos menores, que passa pela criação de novos países e pela reordenação de outros e que tem no seu protagonista alguém que construiu uma fortuna fabulosa através de negociações hábeis e da capacidade em estabelecer relações com todos os regimes independentemente de cores políticas.
Muito do que é o "mapa" ainda hoje da exploração petrolífera teve na sua génese o "dedo" de Gulbenkian e dos tratados internacionais que ele promoveu e fez assinar entre os paises exportadores de petróleo.
Mas Calouste Gulbenkian foi muito mais que "apenas" um especialista em assuntros petrolíferos.
Foi um extraordinário coleccionador de arte, com muitas peças compradas ao Hermitage de S.Petersburgo no tempo de Estaline, e um filantropo generoso que ajudou comunidades arménias no mundo e mandou construir igrejas dedicadas ao culto da igreja arménia.
Com uma vida pessoal também bastante movimentada, ao saber da cultura e das tradições do seu país e do seu tempo, Gulbenkian viveria os últimos treze anos de vida no Hotel Avis em Lisboa e deixaria a Portugal o legado inestimável da Fundação com o seu nome e das suas colecções de arte.
Um grande personagem de finais do século XIX e da primeira metade do século XX que esta biografia descreve exasutivamente proporcionando uma leitura enriquecedora (com Calouste Gulbenkian só podia...)e sumamente interessante.
Depois Falamos
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