É verdade que não é uma preocupação exclusiva do nosso país, e até a UEFA admite debruçar-se sobre o assunto numa fase em que já existam certezas quanto ao que vai acontecer, mas em Portugal com a dose de mesquinhez que caracteriza boa parte do nosso dirigismo desportivo assume particular promessa de polémica mal chegue a hora de tomar decisões.
Pessoalmente, já o referi por mais que uma vez, entendo que só haverá vantagens se for a UEFA a assumir uma decisão comum a todos os países em que não possam terminar os campeonatos, se isso se tornar uma realidade, porque uma decisão a esse nível poupar-nos-à a todos à inaceitável maçada de termos de aturar benfiquistas e portistas a degladiarem-se por uma decisão local que lhes seja favorável com a inevitável "artilharia" de alguns dos seus cartilheiros televisivos a dispararem em direcção a tudo que mexa.
Há muita coisa em jogo, desde quem é o campeão a quem vai à Liga Europa passando por subidas e descidas de divisão, pelo que a decisão que vier a ser tomada convém que seja isenta das suspeitas que infelizmente são legítimas no nosso futebol quando alguns clubes são parte interessada.
Espero, por razões bem mais importantes que o futebol, que a pandemia seja travada o mais depressa possível e isso permita o reatar das competições de molde a estarem concluidas a 30 de Junho data que a UEFA considera como limite para a sua conclusão.
Mas se isso não for possível, e que mau será por razões bem mais importantes que o futebol, então não vejo outra solução que não homologar as classificações à altura da suspensão das provas considerando que os campeonatos terminaram nessa altura resultando daí quem será campeão, quem vai à Liga dos Campeões e à Liga Europa, quem desce e quem sobe de divisão.
Reconheço que para o "meu" Vitória isso não será bom (ficará a um ponto de ir à Liga Europa) mas o tempo que vivemos é tão excepcional que se cada um andar à procura de critérios que sirvam ao seu clube , ainda que sem justa aplicação geral, isso apenas servirá para aumentar um ruído que já é demasiado.
Depois Falamos.
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