De Inglaterra, pátria do futebol e sede do melhor campeonato que se joga em todo o mundo, veio agora a proposta , que me parece tão inacreditável quanto irrealizável, de juntar todas as equipas da primeira liga na zona de Londres devidamente isoladas do resto do mundo e fazer os jogos das nove jornadas que faltam tão depressa quanto possível e à porta fechada.
Não me parece possível por razões logísticas dada a complexidade de que se revestiria, por razões práticas como a garantia de o isolamento ser infalível e por razões humanas porque não estou a ver jogadores, treinadores, árbitros aceitarem estar longe das famílias durante dois meses.
Veremos no que vai dar.
Por cá, entretanto, noticia-se que a LPFP estará a pensar fazer o mesmo (!!!) concentrando as equipas da primeira e segunda liga numa zona de isolamento garantido para então fazer disputar as dez jornadas em falta com jogos à porta fechada.
Se em Inglaterra é difícil acreditar no sucesso de tal empreitada, e para um só campeonato, cá não há risco nenhum em dizer que é impossível para um quanto mais para dois.
Porque entre jogadores, árbitros, técnicos, pessoal médico, dirigentes e funcionários necessários a pôr tal iniciativa a funcionar estamos a falar de mais de duas mil pessoas que não estou a ver muito bem onde possam ser alojadas nessas necessárias condições d eisolamento.
E menos ainda em que zona do país se encontrariam o número de estádios suficientes para realizar dezoito jogos por jornada.
Londres, sim, tem os estádios suficientes (e ainda sobram alguns) para realizar dez jogos por jornada sem qualquer problema e para ainda garantir instalações de treino condignas às vinte equipas da Premier League.
Mas Portugal não é Inglaterra.
E por isso se querem copiar alguma coisa da liga inglesa tem outras opções de escolha, como por exemplo a verdade desportiva das competições, que não esta desgraçada ideia de concentrar equipas para disputarem "à pressão" as jorandas em falta.
Depois Falamos.
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