sexta-feira, maio 10, 2019

Espantoso

Nunca como agora o futebol inglês justificou tão bem ser considerado como o melhor do mundo.
Depois dos épicos apuramentos de Liverpool e Tottenham, na Liga dos Campeões, foi ontem a vez de Arsenal e Chelsea conseguirem o passaporte para a final de Baku conseguindo ultrapassar com maiores (Chelsea) ou menores(Arsenal) dificuldades os seus adversários.
É uma prova de força extraordinária dos clubes ingleses e , mais do que deles, da própria Liga inglesa cuja competitividade ajuda a explicar este fenómeno de serem inglesas todas as equipas que vão disputar as finais europeias.
Nunca na história das competições europeias tinha acontecido um domínio destes.
Nunca os finalistas de Liga dos Campeões e Liga Europa, numa mesma época, tinham sido todos clubes do mesmo país.
Dá que pensar.
Especialmente em países, como Portugal, em que os ventos de mudança e modernização do futebol sopram de forma tão fraca que mal se dá por eles face aos tufões vermelhos, azuis e verdes que continuam a ser um travão a um melhor futebol no nosso país.
Ponham os dirigentes do futebol português os olhos nas grandes virtudes da liga inglesa e perceberão as razões do sucesso.
Competitividade, verdade desportiva, justa distribuição das receitas televisivas cuja negociação é centralizada, aposta consequente em grandes treinadores estrangeiros (Guardiola, Klopp, Mourinho, Pochetino, Sarri, Emery, Rainieri, etc) e forte investimento na formação (veja-se a subida da qualidade da selecção principal e os sucessos das selecções em escalões de formação) são algumas das razões que explicam esta supremacia actual.
Que ameaça manter-se nos próximos anos.
Até porque o sucesso atrai investimento.
Depois Falamos

P.S. A UEFA tem as suas opções que umas vezes se percebem e outras não. Mas mesmo sabendo que o local de uma final tem de ser escolhido com alguma antecedência faz impressão que o Chelsea vs Arsenal, duas equipas da cidade de Londres, se jogue em Baku no Azerbaijão a milhares de quilómetros de distância quando tinham ali à mão a catedral de Wembley.

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